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A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP

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7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS<br />

O modelo econômico proposto e descrito anteriormente terá suas hipóteses testa<strong>da</strong>s<br />

através <strong>da</strong> metodologia de Auto-Regressão Vetorial – VAR, a qual foi proposta como alternativa<br />

aos modelos estruturais multi-equacionais. A metodologia VAR é uma abor<strong>da</strong>gem bastante<br />

utiliza<strong>da</strong> na análise de questões macroeconômica, assim como em estudos relacionados à<br />

eco<strong>no</strong>mia agrícola, podendo-se citar, nesse caso, Barros (1991), Barros (1992), Myers, Piggot e<br />

Tomek (1990), Bacchi (1994), Burnquist et al. (1994), Aguiar (1994), Barros e Bittencourt<br />

(1997), Bacchi e Burnquist (1999), Alves (2002), Bacchi e Alves (2004) e Alves e Bacchi (2004).<br />

O uso <strong>da</strong> metodologia VAR permite a obtenção de elastici<strong>da</strong>des de impulso para k<br />

períodos à frente. Essas elastici<strong>da</strong>des de impulso possibilitam a avaliação do comportamento <strong>da</strong>s<br />

variáveis em resposta a choques (i<strong>no</strong>vações) individuais em quaisquer dos componentes do<br />

sistema, podendo-se assim analisar, através de simulação, efeitos de eventos que tenham alguma<br />

probabili<strong>da</strong>de de ocorrer. A metodologia VAR possibilita a decomposição histórica <strong>da</strong> variância<br />

dos erros de previsão, k períodos à frente, em percentagens a serem atribuí<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> variável<br />

componente do sistema, ou, de outra forma, trata <strong>da</strong> análise <strong>da</strong> importância de ca<strong>da</strong> choque (em<br />

ca<strong>da</strong> variável do modelo) ocorrido <strong>no</strong> passado na explicação dos desvios dos valores observados<br />

<strong>da</strong>s variáveis em relação à sua previsão realiza<strong>da</strong> <strong>no</strong> início do período considerado.<br />

A metodologia VAR tem como uma limitação o fato de ter uma estrutura recursiva para<br />

as relações contemporâneas entre as variáveis. O modelo conhecido como VAR estrutural<br />

desenvolvido por Bernanke (1986) supera tal restrição e permite estabelecer relações<br />

contemporâneas tomando a teoria econômica como referência (HAMILTON, 1994). Dessa<br />

forma, um modelo teórico que conduza a hipóteses que fun<strong>da</strong>mentem as restrições a serem<br />

impostas nas relações contemporâneas entre as variáveis, deve ser usado de forma a se obter<br />

identificação <strong>no</strong> modelo empírico (HARVEY, 1990; HAMILTON, 1994).<br />

Um modelo VAR estrutural pode ser representado por:<br />

By = By + By + ... + By + e<br />

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0 t 1 t−1 2 t−2 p t−p t<br />

onde y t é um vetor com variáveis de interesse; B j são matrizes (n x n) para qualquer j, com B 0<br />

sendo a matriz de relações contemporâneas e e t é um vetor n x 1 de choques ortogonais. Além<br />

de se considerar que os componentes de e t são não correlacionados serialmente, adota-se a<br />

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