A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP
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as mesmas. Entretanto, agora a produtivi<strong>da</strong>de do trabalho passa a ser descrito pela seguinte<br />
equação:<br />
() = π ( t −1)<br />
+ d(<br />
L)<br />
e () t<br />
π (9)<br />
t s<br />
onde d(1) = 1. Esta equação descreve um processo learning-by-doing: a taxa de incremento <strong>da</strong><br />
produtivi<strong>da</strong>de <strong>no</strong> tempo t + k é dkes(t). Como o coeficiente dk soma 1, o eventual incremento na<br />
produtivi<strong>da</strong>de é es(t). Neste caso, uma i<strong>no</strong>vação técnica causa um incremento imediato <strong>no</strong><br />
deman<strong>da</strong> por investimento igual a aes(t) na eq. (1).<br />
Com isto, a representação de média móvel de Lippi e Reichlin se altera,<br />
comparativamente à de Blanchard e Quah. Conseqüentemente, os resultados se alteram,<br />
principalmente com a per<strong>da</strong> de participação de choques de deman<strong>da</strong> e correspondente acréscimo<br />
<strong>da</strong> participação de choques de oferta sobre o produto. Por fim, as considerações dos autores são<br />
de que a teoria econômica nem sempre provê uma estrutura suficiente para escolher entre várias<br />
representações de média móvel associa<strong>da</strong> com os modelos VAR. Uma pequena alteração de<br />
representação <strong>da</strong> média móvel mostrou alternativa eco<strong>no</strong>micamente interessante na representação<br />
fun<strong>da</strong>mental, como em apontar uma me<strong>no</strong>r importância <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> em variações do produto,<br />
encontrado por Blanchard e Quah.<br />
Blanchard e Quah (1993) responderam aos questionamentos e resultados encontrados<br />
por Lippi e Reichlin (1993). Para Blanchard e Quah, o problema <strong>da</strong> existência de representação<br />
não fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> questiona<strong>da</strong> por Lippi e Reichlin sempre existirá quando um pesquisador<br />
queira <strong>da</strong>r uma interpretação econômica para uma série de <strong>da</strong>dos. De forma geral, o problema<br />
pode surgir quando o pesquisador queira testar algumas hipóteses e para isso é necessário inserir<br />
restrições <strong>no</strong> modelo. Além disso, não se pode simplesmente inserir hipóteses, a não ser que haja<br />
uma interpretação econômica para este objetivo.<br />
Keating e Nye (1998) re-examinaram o modelo de oferta e deman<strong>da</strong> de Blanchard e<br />
Quah (1989) interpretando os choques do produto usando <strong>da</strong>dos de dez países. Estes autores<br />
usaram as mesmas restrições de Blanchard e Quah (1989) para identificar os choques<br />
permanentes e temporários sobre o produto, mas usando a ren<strong>da</strong> e produtos nacionais. Seus<br />
resultados apontaram que a interpretação do modelo de Blanchard e Quah não pode ser rejeita<strong>da</strong><br />
pelos <strong>da</strong>dos pós Segun<strong>da</strong> Guerra, usando uma especificação alternativa basea<strong>da</strong> <strong>no</strong>s <strong>da</strong>dos de<br />
preços. Os choques permanentes para o produto não se comportaram como choques de oferta em<br />
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