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A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP

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crescimento do setor agrícola. Shane, Roe e Gopinath (1998) analisaram as fontes de crescimento<br />

do produto agrícola dos EUA, utilizando a metodologia tradicional de função de produção, assim<br />

como medindo o crescimento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de através do resíduo de Solow (razão do<br />

crescimento do índice do produto agregado sobre o insumo agregado), entre as déca<strong>da</strong>s de 1950 e<br />

1990. Os autores concluíram que o crescimento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de foi o fator predominante na<br />

explicação do crescimento do produto agrícola <strong>no</strong>s EUA. Este, por sua vez, foi explicado pelos<br />

investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), assim como em infra-estrutura,<br />

que explicaram 75% do crescimento <strong>da</strong> PTF <strong>no</strong> período analisado pelos autores.<br />

Vários trabalhos seguiram esta linha de raciocínio e/ou trabalharam com as<br />

metodologias de PTF e as funções de produção de Cobb-Douglas, assim como analisaram a<br />

convergência de produtivi<strong>da</strong>de entre países. Dentre eles destacam-se os trabalhos de Gopinath e<br />

Roe (1997), Martin e Mitra (1999), Gasques et al. (2003), Oehmke e Schimmelpfenning (2004),<br />

Ledena e Hertel (2006), entre outros.<br />

Dois trabalhos recentes (SPOLADOR, 2006; BARROS; SPOLADOR; BACCHI, 2006)<br />

buscaram analisar o padrão de crescimento <strong>da</strong> agricultura brasileira entre os a<strong>no</strong>s de 1967 e 2003,<br />

tentando captar a importância dos choques de oferta (produtivi<strong>da</strong>de) e de deman<strong>da</strong> (mercados<br />

inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong>). Os autores desenvolveram um modelo econômico para o setor agrícola,<br />

usando as mesmas idéias de Blanchard e Quah (1989), e estimaram com a metodologia VAR<br />

Estrutural, mas sem impor restrições de longo prazo sobre as variáveis. As variáveis utiliza<strong>da</strong>s <strong>no</strong><br />

modelo foram o Produto Inter<strong>no</strong> Bruto – PIB, a taxa de câmbio, a produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> terra, o valor<br />

<strong>da</strong> produção, a quanti<strong>da</strong>de de área colhi<strong>da</strong> e o preço médio dos produtos. Analisando uma cesta<br />

de produtos <strong>da</strong> agricultura brasileira, mostraram que choques de oferta e de deman<strong>da</strong> possuem<br />

efeitos permanentes sobre o produto agrícola e preços. A maior parte <strong>da</strong> explicação do<br />

crescimento do produto é atribuí<strong>da</strong> ao avanço na produtivi<strong>da</strong>de. A taxa de câmbio foi variável<br />

fun<strong>da</strong>mental para a formação dos preços agrícolas e a deman<strong>da</strong> interna (PIB) mostrou expressiva<br />

influência sobre os preços e produto.<br />

É nesta mesma linha de raciocínio que este trabalho visa analisar o desempenho do setor<br />

algodoeiro nacional, tentando captar as influências dos choques de oferta e de deman<strong>da</strong> sobre o<br />

setor.<br />

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