A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP
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produção. A resposta ao choque, conforme modelado e construído a matriz de relações<br />
contemporâneas, ocorre apenas com uma defasagem. Choque de 10% na produtivi<strong>da</strong>de e <strong>no</strong><br />
preço causa impacto de 4,4% e 4,2% sobre a área, respectivamente, <strong>no</strong> segundo período após o<br />
choque. Concluído um processo oscilatório, o choque de 10% inicial na produtivi<strong>da</strong>de ou <strong>no</strong><br />
preço causa um impacto <strong>no</strong> mesmo sentido de aproxima<strong>da</strong>mente 3% sobre a área.<br />
Pela decomposição <strong>da</strong> variância do erro de previsão, também foram a produtivi<strong>da</strong>de e o<br />
preço do algodão que se mostraram significativos em explicar variações <strong>da</strong> produção. As<br />
magnitudes de seus efeitos podem ser aprecia<strong>da</strong>s na Figura 27, na qual se apresenta a função de<br />
impulso resposta acumula<strong>da</strong> <strong>da</strong> produção.<br />
Comparativamente ao impacto sobre a área, a produção se mostrou mais influencia<strong>da</strong><br />
pela produtivi<strong>da</strong>de do que pelo preço do algodão. Conforme modelado, a produção responde<br />
contemporaneamente a choques de produtivi<strong>da</strong>de, com elastici<strong>da</strong>de de 8,5% para um choque<br />
inicial de 10%. A elastici<strong>da</strong>de acumula<strong>da</strong> é 10,06%. Em termos gerais, há uma defasagem até que<br />
a cultura absorva a totali<strong>da</strong>de do potencial do choque de produtivi<strong>da</strong>de. Mais especificamente,<br />
apesar de responder contemporaneamente ao choque, conforme o esperado e modelado, há um<br />
período de a<strong>da</strong>ptação para que o produtor possa usar a tec<strong>no</strong>logia de forma eficiente.<br />
A resposta ao choque de preço ocorre com defasagem: para ca<strong>da</strong> choque positivo de<br />
10% <strong>no</strong> preço, a produção tende a crescer 6,4% <strong>no</strong> segundo período. No acumulado do período, a<br />
resposta ao choque é de 4,4% (Figura 27). Esse padrão de resposta decorre do padrão de variação<br />
do preço apresentado na Figura 25, onde se verifica que um aumento inicial de preço tende a se<br />
moderar com a passagem do tempo, levando a que seu impacto sobre a produção fique também<br />
diminuído.<br />
As respostas aos choques do PIB e do preço inter<strong>no</strong> foram iguais <strong>no</strong>s dois modelos<br />
considerados neste trabalho (com a área colhi<strong>da</strong> e com a produção). Da mesma forma, as<br />
respostas a choques de produção e de área também foram semelhantes. Nesses casos, não será<br />
feita menção ao modelo específico a que os resultados se referem. Choques na produtivi<strong>da</strong>de, <strong>no</strong><br />
entanto, causam diferentes impactos sobre a exportação conforme o modelo considerado (Figura<br />
28). Conforme a matriz de relações contemporâneas, to<strong>da</strong>s as variáveis causam impactos sobre a<br />
exportação <strong>no</strong> mesmo período do choque.<br />
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