A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP
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(desemprego):<br />
A solução do modelo leva às seguintes expressões para ∆Y (variação em Y) e U<br />
() t − e ( t − ) + a[<br />
e () t − e ( t − ) ] + e () t<br />
∆Y = ed<br />
d 1 d s 1<br />
(7)<br />
s<br />
() t − ae () t<br />
63<br />
U = −e<br />
(8)<br />
s<br />
s<br />
Os resultados encontrados mostraram que o choque de deman<strong>da</strong> <strong>no</strong>s EUA tende a elevar<br />
o produto “temporariamente”, com duração de 30 trimestres, com um pico entre 2 a 4 trimestres.<br />
Quanto ao desemprego, o efeito de redução também é “temporário”, com pico <strong>no</strong>s mesmos<br />
períodos. O choque de oferta apresenta um efeito permanente sobre o produto e “temporário” (20<br />
trimestres) sobre o desemprego.<br />
Vale ressaltar, contudo, que <strong>no</strong> caso do choque de deman<strong>da</strong> os resultados lembram<br />
razoavelmente os fatos estilizados pela teoria. Mas, <strong>no</strong>s choques de oferta, observa-se, num<br />
primeiro período, uma elevação <strong>no</strong> desemprego não prevista pela teoria. Este fato pode ser uma<br />
evidência de que os preços não tendem a cair na mesma proporção que um aumento <strong>da</strong><br />
produtivi<strong>da</strong>de. Uma que<strong>da</strong> <strong>no</strong> desemprego, que se segue, pode estar relacionado a um atraso na<br />
elevação do salário real que deveria decorrer do aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de (BARROS, 2005) 7 .<br />
5.2 Críticas e modelos alternativos<br />
Vários são os trabalhos que analisam as flutuações econômicas, tentando descrever suas<br />
origens e impactos nas variáveis econômicas. Mais recentemente os autores tentam explicar as<br />
flutuações temporárias e permanentes do produto, utilizando metodologias diferentes.<br />
Inicialmente, a teoria do ciclo dos negócios buscava explicar o porquê <strong>da</strong>s variações do produto,<br />
deslocando-o de sua curva de tendência, ou seja, a taxa de crescimento do produto era mais ou<br />
me<strong>no</strong>s constante, enquanto suas variações eram representa<strong>da</strong>s por um desvio <strong>da</strong> tendência.<br />
Questionando esta tradicional visão, Campbell e Mankiw (1987) trabalharam com uma série<br />
univaria<strong>da</strong>, tentando examinar suas proprie<strong>da</strong>des com um modelo ARIMA.<br />
King et al. (1991) partem <strong>da</strong> questão central de alguns trabalhos sobre o ciclo real dos<br />
7 BARROS, G.S.A. de C. Efeitos dinâmicos de choques de oferta e deman<strong>da</strong>. Piracicaba: ESALQ, Depto. de<br />
Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia, 2005. 10 p. Material de aula.