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A reestruturação da cotonicultura no Brasil - Cepea - USP

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5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

Vários trabalhos analisam o crescimento do produto, justificando-o entre choques de<br />

oferta e de deman<strong>da</strong>, assim como entre efeitos permanentes e temporários. Os primeiros trabalhos<br />

tinham como foco a análise do produto macroeconômico, sendo que os trabalhos em nível<br />

setorial foram sendo elaborados posteriormente. Nesta seção faz-se uma breve descrição <strong>da</strong><br />

evolução dos trabalhos em nível agregado, para em segui<strong>da</strong> se apresentar os resultados e<br />

metodologias de trabalhos que tiveram como foco o entendimento do crescimento do produto<br />

agrícola.<br />

5.1 O modelo de Blanchard e Quah (1989)<br />

Tradicionalmente, as flutuações do produto eram vistas como sendo temporárias,<br />

evoluindo ao longo de uma tendência determinística. Nesta visão, choques de deman<strong>da</strong> (fiscais e<br />

monetários) não têm efeito de longo prazo na previsão <strong>da</strong> produção agrega<strong>da</strong> <strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia.<br />

Trabalhos mais recentes, entretanto, apontam que o produto é afetado por dois tipos de<br />

choques – de deman<strong>da</strong> e de oferta – estocásticos com efeitos permanentes e temporários.<br />

Choques de efeito permanente têm sido associados a i<strong>no</strong>vações tec<strong>no</strong>lógicas, cujo efeito<br />

cumulativo é responsável pela maior parte <strong>da</strong>s flutuações econômicas.<br />

No modelo Blanchard e Quah (1989) pressupõe-se que os dois tipos de choques, ca<strong>da</strong><br />

um não correlacionado com o outro, impactam o desemprego e o produto de uma eco<strong>no</strong>mia. O<br />

modelo é formulado de tal forma que choques de oferta têm efeito permanente sobre o produto e<br />

temporário (curto prazo) <strong>no</strong> desemprego. Choques de deman<strong>da</strong>, por sua vez, têm efeitos<br />

temporários tanto sobre o produto como <strong>no</strong> desemprego.<br />

A interpretação de Blanchard e Quah (1989) dos efeitos permanentes dos choques de<br />

oferta e dos efeitos transitórios dos choques de deman<strong>da</strong> tem como base a tradicional visão<br />

keynesiana, e é uma a<strong>da</strong>ptação do modelo keynesia<strong>no</strong> de Fisher (1977). Sua composição é a<br />

seguinte:<br />

Deman<strong>da</strong>: Y () t M () t − P()<br />

t + aφ()<br />

t<br />

61<br />

= (1)<br />

Oferta: Y () t N()<br />

t + φ()<br />

t<br />

= (2)

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