D - SANTOS, JOSALBA FABIANA DOS.pdf - Universidade Federal ...

More documents

Recommendations

Info

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 001 2 PEQUENA HISTÓRIA CRÍTICA DE UMA OBRA 003 3 O TEMPO DE RICOEUR 008 4 O TEMPO A CÉU ABERTO 046 4.1 O NARRADOR 049 4.2 A DISSOLUÇÃO, A AGONIA, O BANIMENTO 056 4.3 NOME NÃO 062 4.4 A GUERRA 071 4.5 O CARÁTER 075 4.6 TEMPO PRESENTE 080 4.7 A ETERNIDADE E O SER-PARA-A-MORTE 083 4.8 TEMPO PASSADO 087 4.9 TEMPO FUTURO 095 5 CONCLUSÕES 099 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 101
RESUMO Este trabalho trata da questão do tempo na obra de João Gilberto Noll, mais especificamente em A céu aberto. A partir da leitura do filósofo francês Paul Ricoeur, que discute exaustivamente tempo e narrativa, foi possível a adoção de um instrumental teórico que se coaduna com os textos estudados. Vários aspectos são abordados, sempre tendo como espinha dorsal o tempo. Ao se pensar no item narrador, levou-se em consideração o fato de que todos os textos pesquisados - A fúria do corpo, Bandoleiros, Rastros do verão, Hotel Atlântico, O quieto animal da esquina, Harmada e A céu aberto - são escritos em primeira pessoa. Visto se tratarem de relatos genericamente comuns e de pessoas comuns e por abrangerem largos períodos de vida, foi imediata a relação com a autobiografia ficcional. Ainda sobre o narrador, é notória a fusão entre presente e passado, isto é, o narrador é seu próprio personagem no momento exato em que relata suas ações. Três imagens - a da dissolução, a da agonia e a do banimento - remetem objetivamente ao caos e à precariedade constantes à que se sujeitam os personagens de Noli. A ausência de nomes é traço marcante e aponta não só para uma fragmentação do sujeito e para o fim da ilusão de totalidade, mas também para a ausência de passado, de referencial. A guerra, em A céu aberto, frisa a fragilidade existencial de seres que, aliás, têm caráter bastante discutível, construído ao longo de um tempo repleto de tribulações. O presente é muito forte na obra de João Gilberto Noll e é relevante o esforço que seus personagens fazem em negar a memória, o passado. O tempo futuro também é abafado, os seres criados não têm grandes expectativas em relação a suas vidas, tudo é muito rápido e imediato. Pouca coisa aponta para o futuro, uma delas é a diferença entre gerações. É bastante comum que homens maduros se relacionem com jovens e essa troca parece apontar para algo positivo. Porém, o ser-para-amorte heideggeriano é muito presente - tanto para adultos como para garotos -, ou seja, a morte pode ser a qualquer momento, o que aproxima o futuro do presente, evidenciando mais uma vez a precariedade na qual se vive. V
Page 1 and 2: JOSALBA FABIANA DOS SANTOS PRECARIE
Page 3: AGRADECIMENTOS À Alba, pelas silen
Page 7 and 8: Outra coincidência no texto de Ric
Page 9 and 10: Outra dissertação de mestrado que
Page 11 and 12: predispôs a fazer uma dissertaçã
Page 13 and 14: 3 O TEMPO DE RICOEUR Durante o prim
Page 15 and 16: pretenda contestar algo, seria um v
Page 17 and 18: Após Agostinho será na Poética d
Page 19 and 20: torna-se tempo humano na medida em
Page 21 and 22: Essa retenção do presente pode se
Page 23 and 24: ecuperará nunca o mundo do autor,
Page 25 and 26: produzida hoje e determinado paradi
Page 27 and 28: Há uma tendência contemporânea d
Page 29 and 30: Será Harald Weinrich quem tocará
Page 31 and 32: aquém e além do texto, Genette li
Page 33 and 34: Ricoeur também se ocupa da fusão
Page 35 and 36: Na quarta parte, tomo III, a tese d
Page 37 and 38: insiste, nem alma, nem movimento. A
Page 39 and 40: Por mais que haja algumas explanaç
Page 41 and 42: autêntica e chega a citar Sartre,
Page 43 and 44: que não é público por si, mas qu
Page 45 and 46: historicização, que simuíam a re
Page 47 and 48: narrativa explora no limite essas p
Page 49 and 50: Ricoeur deverá funcionar como uma
Page 51 and 52: 4 Ô TEMPO A céu aberto Ao invés
Page 53 and 54: ser-para-a-morte, aproveitando algu
Page 55 and 56:
que deseja revelar e dos outros a s
Page 57 and 58:
uma maneira de se tentar afastar o
Page 59 and 60:
casa já descascada e cercada de um
Page 61 and 62:
4.2 A DISSOLUÇÃO, A AGONIA, O BAN
Page 63 and 64:
internado/preso numa clínica. Fina
Page 65 and 66:
O exílio é mais concreto em A cé
Page 67 and 68:
do esquecimento para o olvido, ning
Page 69 and 70:
nas alturas nos braços do herói v
Page 71 and 72:
que se mantém uma história narrad
Page 73 and 74:
sociedade. Nesse sentido é como se
Page 75 and 76:
Portanto não me condenem por não
Page 77 and 78:
não se detecta nenhum sentimento d
Page 79 and 80:
cusparada que foi justo no seu olho
Page 81 and 82:
provavelmente teria sido ele o assa
Page 83 and 84:
sua mulher e em seguida a mata. De
Page 85 and 86:
Apesar do tom piegas que cerca esse
Page 87 and 88:
mesmo aquilo que poderia ser consid
Page 89 and 90:
maior importância. Por razões que
Page 91 and 92:
o narrador exatamente na situação
Page 93 and 94:
Porém, eventualmente alguns restos
Page 95 and 96:
numa representação suprema da imp
Page 97 and 98:
lama, pode ser considerado o mesmo
Page 99 and 100:
do mundo, ou seja, de nenhum aconte
Page 101 and 102:
uma relação com um garoto. Em O q
Page 103 and 104:
com uma constante falta de sentido,
Page 105 and 106:
se refere ao pós-modemismo, é nec
Page 107 and 108:
014 BAIRÄO, Reynaldo. Fantasmas de
Page 109 and 110:
de Noll. O Globo, Rio de Janeiro, 1
Page 111 and 112:
694. 062 SANTIAGO, Silvano. O evang
Page 113 and 114:
085 BRANDÃO, Junito de Souza. Mito
show all

D - SANTOS, JOSALBA FABIANA DOS.pdf - Universidade Federal ...

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?