D - SANTOS, JOSALBA FABIANA DOS.pdf - Universidade Federal ...
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4 Ô TEMPO A céu aberto<br />
Ao invés de se optar por um estudo livro a livro de Noll, preferiu-se a<br />
utilização de um texto base, um ponto para o qual se possa retornar sempre e que,<br />
no entanto, não dispense de todo a possibilidade de remessa às obras anteriores,<br />
muito ao contrário. Sempre que são feitas alusões ou citações, utilizou-se a ordem<br />
cronológica da publicação original - A fúria do corpo (1981), Bandoleiros (1985),<br />
Rastros do verão (1986), - quanto aos demais livros, à exceção de O cego e a<br />
dançarina, tem-se à mão as primeiras edições.<br />
Além do mais, optou-se por uma subdivisão temática a partir da relação do<br />
tempo com a obra analisada. Uma abordagem que pretendesse discutir todos os<br />
textos se tornaria extremamente repetitiva dentro dessa proposta temática. Sendo<br />
assim, inicia-se o trabalho com a discussão do narrador. Todos os textos aqui<br />
abordados são escritos em primeira pessoa. Pretende-se chamar a atenção para o<br />
caráter autobiográfico - ficcional - que isso dá. Muito interessante também é a fusão<br />
entre narrador e personagem, resultado da fusão entre o tempo do contar e o tempo<br />
contado. Aborda-se também a narrativa como protetora do esquecimento e<br />
conseqüentemente da morte.<br />
Em seguida passa-se para um item que na verdade engloba vários. Isto é,<br />
faz-se uma série de discussões a partir das "imagens sintéticas® do padre Stanislas<br />
Boros, que por sua vez está baseado em Agostinho e é apresentado por Ricoeur. As<br />
imagens analisadas são a da dissolução, na qual chama a atenção sobretudo a idéia<br />
de arruinamento, a de agonia e a de banimento, marcado pelo exílio e pela errança.<br />
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