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D - SANTOS, JOSALBA FABIANA DOS.pdf - Universidade Federal ...

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às amplitudes do tempo cósmico que, no entanto, não seria nada sem a vida<br />

humana que o constata. Paradoxal e real.<br />

Finalmente, Ricoeur não quer se apegar apenas à controvérsia entre tempo<br />

vulgar e tempo universal, pois se reduziria drasticamente Ser e tempo. Para o<br />

filósofo francês esse livro contém teses suficientemente interessantes, o que seria o<br />

bastante para continuar a levá-lo em consideração.<br />

A segunda seção do tomo III é reservada à poética da narrativa, tanto no<br />

campo da ficção quanto no da história. Neste trabalho só serão mencionados<br />

aspectos relacionados com a história quando forem pertinentes à ficção. Ricoeur<br />

acredita que a forma como a história responde às aporias da fenomenología do<br />

tempo é criando um terceiro tempo, que nada mais é do que o tempo histórico. Os<br />

procedimentos que garantem a inserção do tempo vivido no tempo cósmico são o<br />

calendário, a seqüência das gerações, os arquivos, os documentos e o rastro.<br />

Citam-se esses procedimentos em função do potencial de pertinência que alguns<br />

deles possuem não só em relação à história, mas também em relação à narrativa e<br />

isso explica-se facilmente através do tempo vivido.<br />

Ainda na introdução à segunda seção, Ricoeur anuncia mais uma vez sua<br />

preocupação com a leitura enquanto mediadora entre o mundo fictício do texto e o<br />

mundo efetivo do leitor. Mas a leitura não tem apenas esse caráter de mediadora, é<br />

possível dizer que ela também possibilita à literatura um retorno à própria vida.<br />

Para Ricoeur existe uma série de empréstimos que narrativa de ficção e<br />

narrativa histórica empreendem uma da outra. Isso significa que a história se vale de<br />

recursos de ficcionalização, enquanto que a ficção apela a recursos de<br />

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