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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
101<br />
Em relação à análise da campanha como um todo, após uma leitura específica<br />
sobre as partes, e de uma tentativa de organização analítica das mesmas, daremos início a<br />
nossa conclusão com algumas questões relativas ao nosso recorte.<br />
Partiremos, inicialmente, do lugar de circulação dos <strong>texto</strong>s nos meios destinados<br />
ao discurso publicitário.<br />
Sabemos que o lugar onde a mensagem publicitária está inserida é a forma de<br />
garantir a sua institucionalidade. Neste sentido, é possível de ser compreendida porque já<br />
há, no próprio meio de divulgação, um (re)conhecimento acerca de sua formulação.<br />
Portanto, a circulação do tipo publicitário no espaço institucionalizado, garante também a<br />
leitura de sua autoria. Conforme Gallo (1995):<br />
A assunção da autoria pelo sujeito, ou seja, a elaboração da Função-Autor<br />
consiste, em última análise, na assunção da “construção” de um “sentido”<br />
e de um “fecho” organizadores do <strong>texto</strong>. Esse “fecho”, apesar de ser um<br />
entre tantos outros possíveis produzirá, para o <strong>texto</strong>, um efeito de sentido<br />
único, como se não houvesse outro possível. Ou seja, esse “fecho” tornase<br />
“fim” por um efeito ideológico produzido pela “instituição” onde o<br />
<strong>texto</strong> se inscreve: o efeito que faz parecer “único” o que é “múltiplo”;<br />
“transparente” o que é “ambíguo”. (p. 58).<br />
O discurso da mídia, materializado em determinado veículo (sua forma de<br />
produzir sentido), atravessado pelo discurso da publicidade (neste caso, dominante),<br />
garante uma certa maneira de se interpretar o que venha a ser veiculado. Essa interpretação<br />
tem como ancoragem uma forma-sujeito (uma forma de ser sujeito), na qual se inscrevem o