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texto - Unisul

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A direção que tomaremos para essa análise segue os estudos sobre mídia e<br />

divulgação científica. 32 Aproveitando alguns estudos realizados sobre jornalismo científico,<br />

procuraremos amparar a nossa análise em conceitos que também podem servir para o<br />

discurso da publicidade, no que tange de sua utilização com o discurso da ciência:<br />

93<br />

(...) a ciência, em seu lugar próprio, é produzida como conhecimento. No<br />

entanto, (...), quando pensamos as tecnologias de linguagem, a ciência<br />

desloca-se para a informação. Este é um deslocamento importantíssimo,<br />

que muitas vezes passa desapercebido: não se está falando da produção do<br />

conhecimento, está-se falando da produção de informação. (ORLANDI,<br />

2004, p.137).<br />

Notamos que, através das informações passadas na abertura do <strong>texto</strong>, (em que o<br />

autor explica o que é a tal patologia), utiliza-se do nome científico da mesma, com sua<br />

tradução para a língua inglesa. Podemos ver este tipo de adendo em livros técnicos e<br />

científicos que, para razões de um aprofundamento do leitor sobre o assunto, poderá buscar<br />

em fontes originais, escritas na língua em que houve o tal batismo, digamos.<br />

Ao mesmo tempo que elas colocam um exterior em relação ao qual se<br />

constitui o discurso, estas formas postulam uma outra extremidade: aquela<br />

do enunciador capaz de se colocar em qualquer momento distante de sua<br />

língua e de seu discurso, isto é, de se ocupar, diante deles, tomando-se<br />

localmente como objeto, numa posição exterior de observador. É toda<br />

forma marcada de distância que remete a esta figura do enunciador,<br />

utilizador e dono de seu pensamento, mas esta figura é particularmente<br />

apresentada nas glosas de retificação, de reserva... que a especificam<br />

como juiz, comentador... de seu próprio dizer. (AUTHIER-REVUZ,<br />

1990, p. 32).<br />

Neste caso, notamos que o autor, ao tentar garantir a sua função, através das<br />

marcas que constituem os enunciados, apropria-se das marcas do discurso científico,<br />

32 Mesmo que de passagem, poderemos também fazer uma alusão ao poder que outra língua<br />

sempre produziu em nossa sociedade, ou seja, “saber inglês, francês, alemão, etc” produz um efeito de<br />

erudição. Mas, para este estudo, não nos desdobraremos por este viés, que poderá ficar para um próximo<br />

estudo, relativo ao poder discursivo através de enunciados veiculados para um público em geral, sob uma<br />

formulação estrangeira.

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