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texto - Unisul

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2.4. O ÓBVIO E O ESTRANHAMENTO ANTE O ENIGMÁTICO<br />

Para dar início a este capítulo, faremos duas perguntas preliminares 14 .<br />

1) De onde vem a estranha familiaridade que certos <strong>texto</strong>s parecem evocar, como se<br />

estivessem sempre à espera da interpretação, reclamando leituras, expondo ao leitor<br />

a direção dos seus sentidos?<br />

2) Por onde alguns <strong>texto</strong>s, ao contrário, evocam estranhezas, dispõem enigmas,<br />

guardando-se para certos leitores que possam restabelecer os seus trajetos de<br />

leitura?<br />

Ao tentar classificar o corpus que escolhi para esta dissertação, através das duas<br />

questões levantadas acima, notei que ele caberia às duas. Trato a primeira como sendo de<br />

uma ordem da linguagem mais opaca, ou seja, mais parafrástica; e, a segunda, provinda de<br />

uma forma também de nível informativo, mas que contempla o espetacular, o ficcional, a<br />

polissemia, o lúdico e, portanto, o caráter criativo da publicidade.<br />

Através das pistas que percorri sobre o mesmo, pude certificar-me de que ali<br />

estava uma possibilidade de falar sobre uma forma utilizada, que é própria do discurso<br />

publicitário 15 . Poderemos partir para exemplos em relação a essas duas questões, através de<br />

anúncios publicitários.<br />

1) O primeiro exemplo é um <strong>texto</strong> que tem familiaridade com o leitor. O <strong>texto</strong><br />

que indica o caminho da interpretação através do “já sabido”, ante uma<br />

obviedade, uma clareza, no sentido de que ali está não para ser descoberto,<br />

mas para ser atualizado, ou melhor, constatado. É como se estivesse no lugar<br />

14 in GREGOLIN, Maria do Rosário Valencis et all. Pág. 47<br />

15 Falar em “própria de...” não tem o intento de dizer que é somente dele, mas que é dele. Assim, esta mesma<br />

forma pode ser vista em outros discursos, principalmente nos ficcionais.<br />

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