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texto - Unisul

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propaganda, festivais, artigos, disciplinas acadêmicas, programas de televisão, rádio,<br />

internet e comentários em geral.<br />

O <strong>texto</strong> publicitário, local onde os sentidos são materializados, é o objeto sobre<br />

o qual nos debruçamos para realizar a análise deste tipo discursivo. Conforme o meio e o<br />

veículo para o qual o <strong>texto</strong> é criado, temos particularidades significativas para explorar –<br />

como, por exemplo, no meio televisão, além de, digamos, a arquitetura textual ter uma<br />

maneira própria de ser construída, contamos com a imagem e o som; no meio rádio,<br />

exploramos somente o som e o silêncio; no meio impresso, imagens e palavras escritas.<br />

Além destas diferenças de suporte tecnológico, aqui contemplaremos o que poderemos<br />

chamar de a maneira como o <strong>texto</strong>, as imagens e o som são construídos para fins<br />

publicitários que, veremos, é o material necessário para ser analisado discursivamente.<br />

Orlandi (1996) trata o <strong>texto</strong> como uma unidade complexa no sentido de que é<br />

composta pelo que ela denomina de individualizações, ou seja, o <strong>texto</strong> é um conjunto de<br />

unidades individuais que, somadas, caracterizam a unidade discursiva. Estas unidades<br />

individuais são a representação textual das formações discursivas e, que, devido a sua<br />

multiplicidade (porque a FD dominante é entrecortada pelas secundárias) dão o caráter de<br />

heterogeneidade ao <strong>texto</strong>. Neste sentido, temos:<br />

21<br />

O <strong>texto</strong> é heterogêneo:<br />

1) Quanto à natureza dos diferentes materiais simbólicos: imagem,<br />

grafia, som, etc.<br />

2) Quanto à natureza das linguagens: oral, escrita, científica, literária,<br />

narrativa, descrição, etc.<br />

3) Quanto às posições de sujeito.<br />

4) Além disso, podemos trabalhar essas diferenças em termos de<br />

formações discursivas (FD). Nesse caso, temos um princípio<br />

importante que é o de que um <strong>texto</strong> não corresponde a uma só FD,<br />

dada a heterogeneidade que o constitui, lembrando que toda FD é<br />

heterogênea em relação a si mesma (apub Courtine, 1982).

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