29.04.2013 Views

texto - Unisul

texto - Unisul

texto - Unisul

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

câmera, mexendo a cabeça para os lados,<br />

com expressão de ódio.<br />

Close na cara do Boi, que fica vermelha.<br />

Boi..., Boi-da-Cara-Vermelha.<br />

Plano em que aparece o Boi e o Boizinho Vermelha de vergonha.<br />

sentados. Boi cai para frente, expira forte,<br />

soltando fumaça pelas narinas.<br />

Boi, com expressão doce, olha para Boizinho fala: calma, papai!<br />

Boizinho.<br />

Começa a fechar a cortina vermelha. Vinheta da campanha, cantada por todos.<br />

Cortina fechada aparece a logomarca da<br />

RBS.<br />

O amor é a melhor herança<br />

Cuide das crianças.<br />

Campanha RBS.<br />

Analisando este comercial, notamos que ele não tem uma ligação com o anúncio<br />

que vimos anteriormente. No anúncio, o Boi aparece na mesma sala que a do comercial,<br />

mas, neste, está com o Boizinho. Outro ponto divergente é relacionado à mensagem: no<br />

comercial, o Boi explana, com desaprovação, sobre a raiva que sente ao saber que “que tem<br />

gente que sacode, que machuca, que bate em criança de colo”, tratando isso como um ato<br />

covarde.<br />

Logo no início do vídeo, em que o protagonista aparece em close, a imagem<br />

simboliza uma ação muito comum no repertório maternal: a utilização das cantigas de<br />

ninar, ou acalantos, que servem para fazer os filhos adormecerem. A repetição do<br />

substantivo boi em “Eu sou o Boi..., Boi...”, remete ao acalanto: “Boi..., Boi..., Boi..., Boi-<br />

Cara-Preta/ Pegue este menino/ Que tem medo de careta”. Segundo Almeida:<br />

Cantiga de ninar: “O acalanto, canção ingênua, sobre uma<br />

melodia muito simples, com que as mães ninam seus filhos, é<br />

uma das formas mais rudimentares do canto, não raro com uma<br />

letra onomatopaica, de forma a favorecer a necessária<br />

monotonia, que leva a criança a adormecer. Forma muito<br />

primitiva, existe em toda parte e existiu em todos os tempos,<br />

sempre cheia de ternura, povoada às vezes de espectros de terror,<br />

que os nossos meninos devem afugentar dormindo. Vieram as<br />

nossas de Portugal, na sua maior parte, e vão passando por todos<br />

os berços do Brasil e vivem em perpétua tradição, de boca em<br />

86

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!