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que sou um monstro?<br />
CHAMADA: Sim, tem pai que amarra os filhos em casa. E eu, o Bicho-Papão,<br />
IMAGEM: No anúncio, aparece o Bicho-Papão na cozinha, como se estivesse<br />
falando o <strong>texto</strong>, com cara de desagrado e mãos para baixo, encostando no chão, como que<br />
cansado.<br />
TEXTO: No Brasil, a agressão sexual afeta 15% dos 65% milhões de jovens<br />
com menos de 18 anos. São 9,7 milhões de casos por ano. Infelizmente, a maioria destes<br />
casos ocorre dentro de casa: é violência doméstica. Você sabe: as crianças procuram a<br />
família quando estão em perigo. Mas, quando a família é o perigo, as crianças contam com<br />
quem? Conosco. Com você. Com todos nós. Está mais do que na hora de cuidar das<br />
crianças. Não podemos transformar atos monstruosos em rotina.<br />
ANÁLISE DO ANÚNCIO:<br />
A chamada é muito parecida com aquela do lançamento, ou seja: inicia com<br />
advérbio “sim” e segue com um dado informativo. Neste caso, a informação que é passada<br />
é a de que “têm pais que amarram o filho em casa”. Logo em seguida, conclui a chamada<br />
com a pergunta: “E eu, o Bicho-Papão, que sou um monstro?”, parafraseando, também aí, o<br />
anúncio de lançamento.<br />
Podemos pensar um pouco na razão da paráfrase no segundo anúncio da<br />
campanha, como um motivo de reforço à memorização do que já fora dito. Mas, não só no<br />
artifício textual é que encontramos a paráfrase. Como já vimos, o ambiente em que o<br />
protagonista está inserido (na cozinha) também é parafrástico – os objetos e as cores se<br />
mantêm para que aja um elo com o comercial de lançamento na TV. Contudo, vemos a<br />
importância de se voltar ao lugar de onde o protagonista já falou para enredar melhor as<br />
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