Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais
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‘po<strong>de</strong>rá ser a to<strong>do</strong> o t<strong>em</strong>po sanada, mediante ratificação <strong>do</strong>s atos processuais’<br />
(RHC 65.879, Célio Borja)." (HC 84.397, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,<br />
julgamento <strong>em</strong> 21-9-04, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 12-11-04)<br />
"Inépcia da <strong>de</strong>núncia: a jurisprudência <strong>do</strong> Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral v<strong>em</strong> se<br />
orientan<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que é admitida a narração genérica <strong>do</strong>s fatos, s<strong>em</strong><br />
discriminação da conduta específica <strong>de</strong> cada <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong> (CPP, art. 41),<br />
quan<strong>do</strong> se trata <strong>de</strong> crime multitudinário, eis que só a instrução po<strong>de</strong> esclarecer<br />
qu<strong>em</strong> concorreu, participou ou ficou alheio à ação ilícita ou ao resulta<strong>do</strong> com<br />
ela obti<strong>do</strong>; no caso, a <strong>de</strong>núncia indica o fato imputa<strong>do</strong> ao paciente e possibilita<br />
o exercício <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. Prece<strong>de</strong>nte." (HC 73.208, Rel. Min. Maurício<br />
Corrêa, julgamento <strong>em</strong> 16-4-96, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 7-2-96). No mesmo senti<strong>do</strong>:<br />
HC 82.246, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento <strong>em</strong> 15-10-02, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong><br />
14-11-02.<br />
"O <strong>de</strong>spacho que recebe a <strong>de</strong>núncia ou a queixa, <strong>em</strong>bora tenha também<br />
conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>cisório, não se encarta no conceito <strong>de</strong> ‘<strong>de</strong>cisão’, como previsto no<br />
art. 93, IX, da Constituição, não sen<strong>do</strong> exigida a sua fundamentação (art. 394<br />
<strong>do</strong> CPP); a fundamentação é exigida, apenas, quan<strong>do</strong> o juiz rejeita a <strong>de</strong>núncia<br />
ou a queixa (art. 516 <strong>do</strong> CPP), aliás, único caso <strong>em</strong> que cabe recurso (art. 581,<br />
I, <strong>do</strong> CPP). Prece<strong>de</strong>ntes." (HC 72.286, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento<br />
<strong>em</strong> 28-11-95, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 16-2-96). No mesmo senti<strong>do</strong>: RHC 87.005,<br />
Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento <strong>em</strong> 16-5-06, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 18-8-06.<br />
"Denúncia: inépcia: preclusão inexistente, quan<strong>do</strong> argüida antes da sentença.<br />
A jurisprudência pre<strong>do</strong>minante <strong>do</strong> <strong>STF</strong> enten<strong>de</strong> coberta pela preclusão a<br />
questão da inépcia da <strong>de</strong>núncia, quan<strong>do</strong> só aventada após a sentença<br />
con<strong>de</strong>natória (prece<strong>de</strong>ntes); a orientação não se aplica, porém, se a sentença<br />
é proferida na pendência <strong>de</strong> habeas corpus contra o recebimento da <strong>de</strong>núncia<br />
alegadamente inepta." (HC 70.290, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento<br />
<strong>em</strong> 30-6-93, Plenário, DJ <strong>de</strong> 13-6-97). No mesmo senti<strong>do</strong>: RHC 96.433, Rel.<br />
Min. Cármen Lúcia, julgamento <strong>em</strong> 20-10-09, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 20-11-09; HC<br />
95.701, Rel. Min. Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski, julgamento <strong>em</strong> 2-6-09, 1ª Turma, DJE<br />
<strong>de</strong> 7-8-09; RHC 95.108, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento <strong>em</strong> 24-11-09, 2ª<br />
Turma, DJE <strong>de</strong> 18-02-09.<br />
"O Código <strong>de</strong> Processo Penal não reclama explicitu<strong>de</strong> ao ato <strong>de</strong> recebimento<br />
judicial da peca acusatória. O or<strong>de</strong>namento processual penal brasileiro não<br />
repele, <strong>em</strong> consequência, a formulação, pela autorida<strong>de</strong> judiciária, <strong>de</strong> um juízo<br />
implícito <strong>de</strong> admissibilida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>núncia. O mero ato processual <strong>do</strong> Juiz – que<br />
<strong>de</strong>signa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, data para o interrogatório <strong>do</strong> <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong> e or<strong>de</strong>na-lhe a<br />
citação - supõe o recebimento tácito da <strong>de</strong>núncia." (HC 68.926, Rel. Min. Celso<br />
<strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong> 10-12-91, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 28-8-92)<br />
Direito <strong>de</strong> Defesa<br />
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