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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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que, <strong>do</strong> contrário, além da violação ao disposto no art. 5º, LVII, da CF, estarse-ia<br />

<strong>de</strong>srespeitan<strong>do</strong> o princípio da isonomia” (HC 84.078, Rel. Min. Eros Grau,<br />

julgamento <strong>em</strong> 5-2-09, Plenário, Informativo 534)<br />

"Ainda que haja distinção clara, há <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o advento da<br />

Lei nº 9.268/96, <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> pena pecuniária cominada no tipo penal,<br />

transitada <strong>em</strong> julga<strong>do</strong> a sentença penal con<strong>de</strong>natória, a multa será consi<strong>de</strong>rada<br />

dívida <strong>de</strong> valor, aplican<strong>do</strong>-se-lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa<br />

da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e<br />

suspensivas da prescrição. Regra que alterou, significativamente, o sist<strong>em</strong>a até<br />

então existente <strong>em</strong> relação à execução da pena <strong>de</strong> multa, com revogação <strong>do</strong>s<br />

parágrafos <strong>do</strong> art. 51, <strong>do</strong> Código Penal, que previam a possibilida<strong>de</strong> da<br />

conversão da pena pecuniária <strong>em</strong> pena privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> na eventualida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> inadimpl<strong>em</strong>ento da primeira." (HC 92.476, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento<br />

<strong>em</strong> 24-6-08, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 22-8-08)<br />

“Execução penal. Conversão da pena restritiva <strong>de</strong> direito <strong>em</strong> privativa <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong>. Critérios e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> interpretação. Devi<strong>do</strong> processo legal e ampla<br />

<strong>de</strong>fesa. O art. 181, § 1°, a, da LEP, não exige que haja intimação por edital <strong>do</strong><br />

con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> que participou <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o processo, tratan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> hipótese diversa<br />

<strong>do</strong> réu revel. Há tratamento diferencia<strong>do</strong> com base <strong>em</strong> el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> discrímen<br />

razoável no que tange às duas hipóteses previstas <strong>de</strong> conversão da pena<br />

restritiva <strong>de</strong> direito <strong>em</strong> pena privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.” (HC 92.012, Rel. Min. Ellen<br />

Gracie, julgamento <strong>em</strong> 10-6-08, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 27-6-08)<br />

"A paciente foi con<strong>de</strong>nada à pena <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> reclusão e 10 dias-multa (art.<br />

171 <strong>do</strong> Código Penal), sen<strong>do</strong> que a pena privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> foi substituída<br />

pela restritiva <strong>de</strong> direitos (pagamento <strong>de</strong> prestação pecuniária). Fato que não<br />

impe<strong>de</strong> a aplicação <strong>do</strong>s prazos prescricionais fixa<strong>do</strong>s pelo art. 109 <strong>do</strong> CP.<br />

Dispositivo que, <strong>em</strong> seu parágrafo único, esten<strong>de</strong>, expressamente, ‘às penas<br />

restritivas <strong>de</strong> direito os mesmos prazos previstos para as privativas <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong>’. A pena restritiva <strong>de</strong> direitos é <strong>de</strong> natureza jurídica distinta da pena<br />

<strong>de</strong> multa. Inaplicabilida<strong>de</strong>, portanto, <strong>do</strong> inciso I <strong>do</strong> art. 114 <strong>do</strong> CP." (HC 92.224,<br />

Rel. Min. Carlos Britto, julgamento <strong>em</strong> 20-11-07, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 11-4-08)<br />

"Impugnação ao cálculo da pena sob o argumento <strong>de</strong> sobreposição das penas<br />

<strong>de</strong> multa e pecuniária. Improcedência: a pena <strong>de</strong> multa, cominada<br />

abstratamente no tipo penal, t<strong>em</strong> natureza distinta da pena <strong>de</strong> multa<br />

substitutiva da pena privativa <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> prevista no artigo 44, § 2º <strong>do</strong> Código<br />

Penal." (RHC 90.114, Rel. Min. Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 5-6-07, 2ª Turma,<br />

DJE <strong>de</strong> 17-8-07)<br />

"Sen<strong>do</strong> pr<strong>em</strong>issa <strong>do</strong> voto <strong>em</strong>barga<strong>do</strong> que o não-cumprimento da transação<br />

penal possibilita o oferecimento da <strong>de</strong>núncia, não proce<strong>de</strong> a alegação <strong>de</strong> que a<br />

<strong>de</strong>cisão seria contraditória porque o inadimpl<strong>em</strong>ento da pena <strong>de</strong> multa não dá<br />

marg<strong>em</strong> à retomada da ação penal. Não se há <strong>de</strong> confundir a pena <strong>de</strong> multa<br />

com a <strong>de</strong> prestação pecuniária resultante da transação penal. Embargos <strong>de</strong><br />

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