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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento <strong>em</strong> 23-11-04, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 18-2-<br />

05). No mesmo senti<strong>do</strong>: HC 98.504, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento <strong>em</strong><br />

1º-12-09, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 12-2-10.<br />

"Esta Corte firmou entendimento no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> impossibilitar o pleito <strong>de</strong><br />

extradição após a solene entrega <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> naturalização pelo Juiz,<br />

salvo comprova<strong>do</strong> envolvimento <strong>em</strong> tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes e drogas<br />

afins, na forma da lei. A norma inserta no artigo 5º, LI, da Constituição <strong>do</strong> Brasil<br />

não é regra <strong>de</strong> eficácia plena, n<strong>em</strong> <strong>de</strong> aplicabilida<strong>de</strong> imediata. Afigura-se<br />

imprescindível a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> legislação ordinária regulamentar.<br />

Prece<strong>de</strong>nte. Ausência <strong>de</strong> prova cabal <strong>de</strong> que o extraditan<strong>do</strong> esteja envolvi<strong>do</strong><br />

<strong>em</strong> tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes e drogas afins. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> renovação,<br />

no futuro, <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> extradição, com base <strong>em</strong> sentença <strong>de</strong>finitiva, se<br />

apura<strong>do</strong> e comprova<strong>do</strong> o efetivo envolvimento na prática <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> <strong>de</strong>lito."<br />

(Ext 934-QO, Rel. Min. Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 9-9-04, Plenário, DJ <strong>de</strong> 12-<br />

11-04)<br />

"Quan<strong>do</strong> o tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes se esten<strong>de</strong> por mais <strong>de</strong> uma<br />

jurisdição, é competente, pelo princípio da prevenção, o Juiz que primeiro toma<br />

conhecimento da infração e pratica qualquer ato processual. No caso, o ato<br />

que fixou a competência <strong>do</strong> juiz foi a autorização para proce<strong>de</strong>r a escuta<br />

telefônica das conversas <strong>do</strong> Paciente." (HC 82.009, Rel. Min. Nelson Jobim,<br />

julgamento <strong>em</strong> 12-11-02, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 19-12-02)<br />

“A Lei 8.072/90, que dispõe sobre os crimes hedion<strong>do</strong>s, aten<strong>de</strong>u ao coman<strong>do</strong><br />

constitucional. Consi<strong>de</strong>rou o tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentes como insuscetível<br />

<strong>do</strong>s benefícios da anistia, graça e indulto (art. 2º, I). E, ainda, não possibilitou a<br />

concessão <strong>de</strong> fiança ou liberda<strong>de</strong> provisória (art. 2º, II). A jurisprudência <strong>do</strong><br />

Tribunal reconhece a constitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse artigo.” (HC 80.886, Rel. Min.<br />

Nelson Jobim, julgamento <strong>em</strong> 22-05-01, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 14-6-02)<br />

“O tráfico internacional <strong>de</strong> entorpecentes, pratica<strong>do</strong> a bor<strong>do</strong> <strong>de</strong> aeronave, é da<br />

competência da Justiça Fe<strong>de</strong>ral (CF, art. 109, IX). Quan<strong>do</strong> a aeronave ingressa<br />

no espaço aéreo brasileiro, inci<strong>de</strong> a referida competência. Ela não se <strong>de</strong>sloca<br />

para a Justiça Estadual porque a apreensão foi feita no interior <strong>de</strong> aeronave. A<br />

Justiça Estadual t<strong>em</strong> competência se no lugar on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>lito for pratica<strong>do</strong> não<br />

houver Vara da Justiça Fe<strong>de</strong>ral (L. 6.368/76, art. 27). Não se confun<strong>de</strong> o<br />

momento <strong>de</strong> consumação com o da apreensão da droga. A consumação ocorre<br />

quan<strong>do</strong> t<strong>em</strong> início o transporte, por ser <strong>de</strong>lito <strong>de</strong> natureza permanente.<br />

Prece<strong>de</strong>nte." (HC 80.730, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento <strong>em</strong> 03-04-01, 2ª<br />

Turma, DJ <strong>de</strong> 14-12-01)<br />

"Sonegação fiscal <strong>de</strong> lucro advin<strong>do</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> criminosa: non olet. Drogas:<br />

tráfico <strong>de</strong> drogas, envolven<strong>do</strong> socieda<strong>de</strong>s comerciais organizadas, com lucros<br />

vultosos subtraí<strong>do</strong>s à contabilização regular das <strong>em</strong>presas e subtraí<strong>do</strong>s à<br />

<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> rendimentos: caracterização, <strong>em</strong> tese, <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> sonegação<br />

fiscal, a acarretar a competência da Justiça Fe<strong>de</strong>ral e atrair pela conexão, o<br />

tráfico <strong>de</strong> entorpecentes: irrelevância da orig<strong>em</strong> ilícita, mesmo quan<strong>do</strong> criminal,<br />

da renda subtraída à tributação. A exoneração tributária <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

econômicos <strong>de</strong> fato criminoso – antes <strong>de</strong> ser corolário <strong>do</strong> princípio da<br />

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