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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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<strong>de</strong>ve ser apreciada pelo Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça.” (HC 93.652, Rel. Min.<br />

Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski, julgamento <strong>em</strong> 22-4-08, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 6-6-08)<br />

"Fatos investiga<strong>do</strong>s que configurariam crime contra a or<strong>de</strong>m econômica. Art. 1º,<br />

inc. I, da Lei fe<strong>de</strong>ral n. 8.176/01. Falta <strong>de</strong> segurança na instalação e<br />

armazenamento <strong>de</strong> recipientes transportáveis <strong>de</strong> GLP. (...) É da atribuição <strong>do</strong><br />

Ministério Público estadual analisar inquérito por crime contra a or<strong>de</strong>m<br />

econômica e <strong>em</strong>itir a respeito opinio <strong>de</strong>licti, promoven<strong>do</strong>, ou não, ação penal,<br />

se não há violação a bens, interesses ou serviços da União." (ACO 1.058, Rel.<br />

Min. Cezar Peluso, julgamento <strong>em</strong> 14-4-08, Plenário, DJE <strong>de</strong> 23-5-08)<br />

“Des<strong>de</strong> que submeti<strong>do</strong>s ao mesmo juízo, po<strong>de</strong> o magistra<strong>do</strong> utilizar-se da<br />

faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> não reunir processos conexos, por força <strong>do</strong> que dispõe o art. 80<br />

<strong>do</strong> CPP. (HC n. 80.717/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda<br />

Pertence, DJ <strong>de</strong> 5/3/04). Embora a conexão não implique, necessariamente, a<br />

reunião <strong>do</strong>s feitos <strong>em</strong> curso num único processo, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> eles ser submeti<strong>do</strong>s à<br />

competência <strong>do</strong> mesmo Juízo prevento. A multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações penais não<br />

constitui, por si só, obstáculo ao exercício <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> ampla <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong><br />

paciente. Somente é possível aferir eventual <strong>de</strong>srespeito a essa garantia<br />

constitucional diante <strong>de</strong> situação concreta” (HC 91.895, Rel. Min. Menezes<br />

Direito, julgamento <strong>em</strong> 1º-4-08, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 8-8-08)<br />

"Compete ao Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral julgar ação <strong>de</strong> improbida<strong>de</strong> contra<br />

seus m<strong>em</strong>bros. Arquivamento da ação quanto ao Ministro da Supr<strong>em</strong>a Corte e<br />

r<strong>em</strong>essa <strong>do</strong>s autos ao Juízo <strong>de</strong> 1º grau <strong>de</strong> jurisdição no tocante aos <strong>de</strong>mais."<br />

(Pet 3.211-QO, Rel. p/ o ac. Min. Menezes Direito, julgamento <strong>em</strong> 13-3-08,<br />

Plenário, DJE <strong>de</strong> 27-6-08)<br />

“Crimes <strong>de</strong> homicídio e lesão corporal grave contra militar <strong>em</strong> operação <strong>de</strong><br />

transporte <strong>de</strong> fardamento <strong>do</strong> exército. Colisão <strong>do</strong> veículo <strong>do</strong> paciente com a<br />

viatura militar. Imputação <strong>de</strong> <strong>do</strong>lo eventual. Agente civil. Inocorrência <strong>de</strong> crime<br />

militar. Interpretação estrita da função <strong>de</strong> natureza militar. Excepcionalida<strong>de</strong> da<br />

justiça castrense para o julgamento <strong>de</strong> civis <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> paz. Ao contrário <strong>do</strong><br />

entendimento <strong>do</strong> Superior Tribunal Militar, é excepcional a competência da<br />

Justiça Castrense para o julgamento <strong>de</strong> civis, <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> paz. A tipificação<br />

da conduta <strong>de</strong> agente civil como crime militar está a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>do</strong> ‘intuito <strong>de</strong><br />

atingir, <strong>de</strong> qualquer mo<strong>do</strong>, a Força, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> impedir, frustrar, fazer<br />

malograr, <strong>de</strong>smoralizar ou ofen<strong>de</strong>r o militar ou o evento ou situação <strong>em</strong> que<br />

este esteja <strong>em</strong>penha<strong>do</strong>’ (CC 7.040, da relatoria <strong>do</strong> ministro Carlos Velloso). O<br />

cometimento <strong>do</strong> <strong>de</strong>lito militar por agente civil <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> paz se dá <strong>em</strong><br />

caráter excepcional. Tal cometimento se traduz <strong>em</strong> ofensa àqueles bens<br />

jurídicos tipicamente associa<strong>do</strong>s à função <strong>de</strong> natureza militar: <strong>de</strong>fesa da Pátria,<br />

garantia <strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res constitucionais, da Lei e da or<strong>de</strong>m (art. 142 da<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral). No caso, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> as vítimas estar<strong>em</strong> <strong>em</strong> serviço<br />

no momento da colisão <strong>do</strong>s veículos, nada há na <strong>de</strong>núncia que revele a<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>do</strong> paciente <strong>de</strong> se voltar contra as Forças Armadas, tampouco a <strong>de</strong><br />

impedir a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eventual operação militar ou ativida<strong>de</strong> genuinamente<br />

castrense." (HC 86.216, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento <strong>em</strong> 19-2-08, 1ª<br />

Turma, DJE <strong>de</strong> 24-10-08)<br />

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