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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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“Habeas corpus. Processual penal. Alegação <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> <strong>do</strong> auto <strong>de</strong> prisão <strong>em</strong><br />

flagrante, <strong>do</strong> inquérito policial, da <strong>de</strong>núncia e da con<strong>de</strong>nação <strong>do</strong>s pacientes.<br />

Denúncia oferecida pelo mesmo promotor <strong>de</strong> justiça que teria investiga<strong>do</strong> e<br />

acompanha<strong>do</strong> a lavratura <strong>do</strong> auto <strong>de</strong> prisão <strong>em</strong> flagrante e <strong>de</strong>mais atos<br />

processuais. Não-ocorrência. Habeas corpus <strong>de</strong>nega<strong>do</strong>. O fato <strong>de</strong> o Promotor<br />

<strong>de</strong> Justiça que ofereceu a <strong>de</strong>núncia contra os Pacientes ter acompanha<strong>do</strong> a<br />

lavratura <strong>do</strong> auto <strong>de</strong> prisão <strong>em</strong> flagrante e <strong>de</strong>mais atos processuais não induz<br />

a qualquer ilegalida<strong>de</strong> ou nulida<strong>de</strong> <strong>do</strong> inquérito e da conseqüente ação penal<br />

promovida, o que, aliás, é perfeitamente justificável <strong>em</strong> razão <strong>do</strong> que disposto<br />

no art. 129, inc. VII, da Constituição da República.” (HC 89.746, Rel. Min.<br />

Cármen Lúcia, julgamento <strong>em</strong> 12-12-06, DJ <strong>de</strong> 9-2-07)<br />

"Prova ilícita. Escuta telefônica. Fruits of the poisonous tree. Não-acolhimento.<br />

Não cabe anular-se a <strong>de</strong>cisão con<strong>de</strong>natória com base na alegação <strong>de</strong> haver a<br />

prisão <strong>em</strong> flagrante resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> informação obtida por meio <strong>de</strong> censura<br />

telefônica <strong>de</strong>ferida judicialmente. É que a interceptação telefônica – prova tida<br />

por ilícita até a edição da Lei n. 9.296, <strong>de</strong> 24-7-96, e que contaminava as<br />

<strong>de</strong>mais provas que <strong>de</strong>la se originavam – não foi a prova exclusiva que<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou o procedimento penal, mas somente veio a corroborar as outras<br />

licitamente obtidas pela equipe <strong>de</strong> investigação policial." (HC 74.599, Rel. Min.<br />

Ilmar Galvão, julgamento <strong>em</strong> 3-12-96, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 7-2-97)<br />

Prisão preventiva<br />

“A proibição <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> provisória nos processos por crimes hedion<strong>do</strong>s não<br />

veda o relaxamento da prisão processual por excesso <strong>de</strong> prazo.” (Súmula 697)<br />

“A gravida<strong>de</strong> da ação criminosa, o clamor social e a revolta <strong>de</strong> populares contra<br />

o acusa<strong>do</strong> não são motivos idôneos para a prisão cautelar. Ninguém po<strong>de</strong> ser<br />

preso para sua própria proteção. Depoimentos <strong>de</strong> policiais favoráveis à<br />

personalida<strong>de</strong> e à conduta <strong>do</strong> réu no momento da prisão <strong>em</strong> flagrante, no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> não oferecimento <strong>de</strong> qualquer resistência, conduz<strong>em</strong> à<br />

caracterização <strong>do</strong> constrangimento ilegal contra sua liberda<strong>de</strong>.” (HC 100.863,<br />

Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento <strong>em</strong> 4-12-09, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 5-2-10)<br />

“O <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> prisão preventiva esta fundamenta<strong>do</strong> nos requintes <strong>de</strong><br />

periculosida<strong>de</strong> <strong>do</strong> paciente e na reincidência, confirma<strong>do</strong>s por sentença<br />

con<strong>de</strong>natória <strong>em</strong> que se acolheu a qualifica<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> meio cruel para a<br />

perpetração <strong>do</strong> homicídio.” (HC 97.132, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento<br />

<strong>em</strong> 4-12-09, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 5-2-10)<br />

“A <strong>de</strong>cretação da prisão cautelar, na realida<strong>de</strong>, se baseou <strong>em</strong> fatos concretos<br />

observa<strong>do</strong>s pelo Juiz <strong>de</strong> Direito na instrução processual, notadamente a<br />

periculosida<strong>de</strong> <strong>do</strong> paciente, não só <strong>em</strong> razão da gravida<strong>de</strong> <strong>do</strong> crime<br />

perpetra<strong>do</strong>, mas também pelo modus operandi da <strong>em</strong>preitada criminosa.” (HC<br />

98.781, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento <strong>em</strong> 24-11-09, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 5-2-<br />

10)<br />

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