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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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das Cortes <strong>de</strong> Justiça a comunicação nos termos e prazos requeri<strong>do</strong>s pelas<br />

partes. No caso, todavia, <strong>de</strong> indicação da <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> que preten<strong>de</strong> sustentar<br />

oralmente, a cientificação <strong>de</strong>sta, <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po hábil, melhor aten<strong>de</strong> ao disposto no<br />

art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição. Afigura-se, porém, razoável e<br />

suficiente que a informação seja disponibilizada por meio <strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as<br />

institucionais <strong>de</strong> acompanhamento processual, observada a antecedência<br />

necessária a permitir o <strong>de</strong>slocamento <strong>do</strong> patrono para o ato. Or<strong>de</strong>m<br />

parcialmente concedida." (HC 92.290, Rel. Min. Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski,<br />

julgamento <strong>em</strong> 30-10-07, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 30-11-07). No mesmo senti<strong>do</strong>: HC<br />

93.101, Rel. Min. Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 4-12-07, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 22-2-<br />

08; RHC 89.135, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento <strong>em</strong> 29-08-06, 2ª Turma,<br />

DJ <strong>de</strong> 29-9-06.<br />

"Não viola as garantias <strong>do</strong> juiz natural e da ampla <strong>de</strong>fesa, el<strong>em</strong>entares <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> processo legal, a atração, por conexão ou continência, <strong>do</strong> processo <strong>do</strong><br />

co-réu ao foro por prerrogativa <strong>de</strong> função <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong>s, a qual é<br />

irrenunciável." (HC 91.437, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento <strong>em</strong> 4-9-07, 2ª<br />

Turma, DJ <strong>de</strong> 19-10-07)<br />

"Ação penal. Ato processual. Interrogatório. Realização mediante<br />

vi<strong>de</strong>oconferência. Inadmissibilida<strong>de</strong>. Forma singular não prevista no<br />

or<strong>de</strong>namento jurídico. Ofensa a cláusulas <strong>do</strong> justo processo da lei (due process<br />

of law). Limitação ao exercício da ampla <strong>de</strong>fesa, compreendidas a auto<strong>de</strong>fesa e<br />

a <strong>de</strong>fesa técnica. Insulto às regras ordinárias <strong>do</strong> local <strong>de</strong> realização <strong>do</strong>s atos<br />

processuais penais e às garantias constitucionais da igualda<strong>de</strong> e da<br />

publicida<strong>de</strong>. Falta, a<strong>de</strong>mais, <strong>de</strong> citação <strong>do</strong> réu preso, apenas insta<strong>do</strong> a<br />

comparecer à sala da ca<strong>de</strong>ia pública, no dia <strong>do</strong> interrogatório. Forma <strong>do</strong> ato<br />

<strong>de</strong>terminada s<strong>em</strong> motivação alguma. Nulida<strong>de</strong> processual caracterizada. HC<br />

concedi<strong>do</strong> para renovação <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o interrogatório, inclusive.<br />

Inteligência <strong>do</strong>s arts. 5º, LIV, LV, LVII, XXXVII e LIII, da CF, e 792, caput e § 2º,<br />

403, 2ª parte, 185, caput e § 2º, 192, § único, 193, 188, to<strong>do</strong>s <strong>do</strong> CPP.<br />

Enquanto modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ato processual não prevista no or<strong>de</strong>namento jurídico<br />

vigente, é absolutamente nulo o interrogatório penal realiza<strong>do</strong> mediante<br />

vi<strong>de</strong>oconferência, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> tal forma é <strong>de</strong>terminada s<strong>em</strong> motivação<br />

alguma, n<strong>em</strong> citação <strong>do</strong> réu." (HC 88.914, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento<br />

<strong>em</strong> 14-8-07, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 5-10-07)<br />

“A <strong>de</strong>núncia – enquanto instrumento formalmente consubstancia<strong>do</strong>r da<br />

acusação penal – constitui peça processual <strong>de</strong> indiscutível relevo jurídico. Ela,<br />

antes <strong>de</strong> mais nada, ao <strong>de</strong>limitar o âmbito t<strong>em</strong>ático da imputação penal, <strong>de</strong>fine<br />

a própria res in judicio <strong>de</strong>ducta. A peça acusatória, por isso mesmo, <strong>de</strong>ve<br />

conter a exposição <strong>do</strong> fato <strong>de</strong>lituoso, <strong>em</strong> toda a sua essência e com todas as<br />

suas circunstâncias. Essa narração, ainda que sucinta, impõe-se ao acusa<strong>do</strong>r<br />

como exigência <strong>de</strong>rivada <strong>do</strong> postula<strong>do</strong> constitucional que assegura, ao réu, o<br />

exercício, <strong>em</strong> plenitu<strong>de</strong>, <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. Denúncia que não <strong>de</strong>screve,<br />

a<strong>de</strong>quadamente, o fato criminoso e que também <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> estabelecer a<br />

necessária vinculação da conduta individual <strong>de</strong> cada agente ao evento<br />

<strong>de</strong>lituoso qualifica-se como <strong>de</strong>núncia inepta.” (HC 83.947, Rel. Min. Celso <strong>de</strong><br />

Mello, julgamento <strong>em</strong> 7-8-07, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong>1º-2-08)<br />

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