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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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Rule consagrada pela jurisprudência da Supr<strong>em</strong>a Corte <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da<br />

América como limitação ao po<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> produzir prova <strong>em</strong> se<strong>de</strong><br />

processual penal. A Constituição da República, <strong>em</strong> norma revestida <strong>de</strong><br />

conteú<strong>do</strong> vedatório (CF, art. 5º, LVI), <strong>de</strong>sautoriza, por incompatível com os<br />

postula<strong>do</strong>s que reg<strong>em</strong> uma socieda<strong>de</strong> fundada <strong>em</strong> bases <strong>de</strong>mocráticas (CF,<br />

art. 1º), qualquer prova cuja obtenção, pelo Po<strong>de</strong>r Público, <strong>de</strong>rive <strong>de</strong><br />

transgressão a cláusulas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m constitucional, repelin<strong>do</strong>, por isso mesmo,<br />

quaisquer el<strong>em</strong>entos probatórios que result<strong>em</strong> <strong>de</strong> violação <strong>do</strong> direito material<br />

(ou, até mesmo, <strong>do</strong> direito processual), não prevalecen<strong>do</strong>, <strong>em</strong> conseqüência,<br />

no or<strong>de</strong>namento normativo brasileiro, <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> probatória, a<br />

fórmula autoritária <strong>do</strong> male captum, bene retentum. Doutrina. Prece<strong>de</strong>ntes.”<br />

(HC 93.050, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong> 10-6-08, 2ª Turma, DJE<br />

<strong>de</strong> 1º-8-08). No mesmo senti<strong>do</strong>: HC 90.298, Rel. Min. Cezar Peluso,<br />

julgamento <strong>em</strong> 8-9-09, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 16-10-09.<br />

"Muito <strong>em</strong>bora o inciso III <strong>do</strong> art. 252 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Penal não se<br />

aplique às Turmas Recursais integrantes <strong>do</strong>s Juiza<strong>do</strong>s Especiais (ante a<br />

inexistência <strong>de</strong> dualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instâncias), é <strong>de</strong> se ter como inconstitucional, por<br />

ofensiva ao inciso LIII <strong>do</strong> art. 5º da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, norma regimental que<br />

habilita o magistra<strong>do</strong> prolator <strong>do</strong> ato impugna<strong>do</strong> a participar, já no âmbito das<br />

Turmas Recursais, da revisão <strong>do</strong> mesmo <strong>de</strong>cisum que proferiu. Revela-se<br />

obstativa da automática aplicação da garantia fundamental <strong>do</strong> juiz natural a<br />

autorização <strong>de</strong> que, entre os três integrantes <strong>de</strong> Turma Recursal, figure o<br />

próprio autor <strong>do</strong> provimento questiona<strong>do</strong>." (HC 85.056, Rel. Min. Carlos Britto,<br />

julgamento <strong>em</strong> 17-11-05, Plenário, DJ <strong>de</strong> 25-8-06)<br />

"Da explícita proscrição da prova ilícita, s<strong>em</strong> distinções quanto ao crime objeto<br />

<strong>do</strong> processo (CF, art. 5º, LVI), resulta a prevalência da garantia nela<br />

estabelecida sobre o interesse na busca, a qualquer custo, da verda<strong>de</strong> real no<br />

processo: conseqüente impertinência <strong>de</strong> apelar-se ao princípio da<br />

proporcionalida<strong>de</strong> – à luz <strong>de</strong> teorias estrangeiras ina<strong>de</strong>quadas à or<strong>de</strong>m<br />

constitucional brasileira – para sobrepor, à vedação constitucional da admissão<br />

da prova ilícita, consi<strong>de</strong>rações sobre a gravida<strong>de</strong> da infração penal objeto da<br />

investigação ou da imputação." (HC 80.949, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,<br />

julgamento <strong>em</strong> 30-10-01, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 14-12-01)<br />

"Recebimento, por magistra<strong>do</strong> <strong>de</strong> primeira instância, <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia oferecida<br />

contra trinta e <strong>do</strong>is indicia<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ntre os quais figura um Deputa<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, no<br />

pleno exercício <strong>de</strong> seu mandato – Usurpação da competência penal originária<br />

<strong>do</strong> Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral – Nulida<strong>de</strong> – Reclamação que se julga<br />

proce<strong>de</strong>nte. O respeito ao princípio <strong>do</strong> juiz natural – que se impõe à<br />

observância <strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário – traduz indisponível garantia<br />

constitucional outorgada a qualquer acusa<strong>do</strong>, <strong>em</strong> se<strong>de</strong> penal." (Rcl 1.861, Rel.<br />

Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong> 23-8-01, Plenário, DJ <strong>de</strong> 21-6-02)<br />

"<strong>Jurisprudência</strong> <strong>de</strong> ambas as Turmas <strong>de</strong>sta Corte no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que o fato que<br />

serve para justificar a agravante da reincidência não po<strong>de</strong> ser leva<strong>do</strong> à conta<br />

<strong>de</strong> maus antece<strong>de</strong>ntes para fundamentar a fixação da pena-base acima <strong>do</strong><br />

mínimo legal (CP, art. 59), sob pena <strong>de</strong> incorrer <strong>em</strong> bis in i<strong>de</strong>m." (HC 80.066,<br />

Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento <strong>em</strong> 13-6-00, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 6-10-00). No<br />

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