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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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autores e partícipes <strong>do</strong> crime. Artigo 30 <strong>do</strong> Código Penal. Prece<strong>de</strong>ntes.<br />

Irrelevância <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> o paciente não ser gestor da instituição financeira<br />

envolvida. O fato <strong>de</strong> a conduta <strong>do</strong> paciente ser, <strong>em</strong> tese, atípica – avalização<br />

<strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimo – é irrelevante para efeitos <strong>de</strong> participação no crime. É possível<br />

que um único ato tenha relevância para consubstanciar o crime <strong>de</strong> gestão<br />

fraudulenta <strong>de</strong> instituição financeira, <strong>em</strong>bora sua reiteração não configure<br />

pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>litos. Crime aci<strong>de</strong>ntalmente habitual." (HC 89.364, Rel. Min.<br />

Joaquim Barbosa, julgamento <strong>em</strong> 23-10-07, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 18-4-08)<br />

"Denúncia: inépcia: atipicida<strong>de</strong> da conduta <strong>de</strong>scrita (...): suposta prática <strong>de</strong><br />

operação <strong>de</strong> câmbio não autorizada, com o fim <strong>de</strong> promover evasão <strong>de</strong> divisas<br />

<strong>do</strong> país – <strong>de</strong>lito previsto no art. 22 da L. 7.492/86 (Lei <strong>do</strong> Colarinho Branco) –<br />

<strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> cessão ou transferência <strong>de</strong> ‘passe’ <strong>de</strong> atleta profissional<br />

para entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva estrangeira. ‘ Não se irroga ao paciente – simples<br />

procura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> atleta a ser cedi<strong>do</strong> – a participação <strong>em</strong> nenhuma ‘operação <strong>de</strong><br />

câmbio’, n<strong>em</strong> o valor negocial <strong>do</strong> ‘passe’ <strong>de</strong> um joga<strong>do</strong>r <strong>de</strong> futebol po<strong>de</strong> ser<br />

reduzi<strong>do</strong> ao conceito <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria e caracterizar ativo financeiro objeto <strong>de</strong><br />

operação <strong>de</strong> câmbio. ‘ No tocante à figura <strong>de</strong>lineada na parte final <strong>do</strong> parágrafo<br />

único <strong>do</strong> artigo 22 da L. 7.492/88, é manifesto que não cabe subsumir à<br />

previsão típica <strong>de</strong> promover a ‘saída <strong>de</strong> moeda ou divisa para o exterior’ a<br />

conduta <strong>de</strong> qu<strong>em</strong>, pelo contrário, nada fez sair <strong>do</strong> País, mas, nele, tivesse<br />

<strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> <strong>de</strong> internar moeda estrangeira ou o tivesse feito <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> irregular. De<br />

outro la<strong>do</strong>, no caput <strong>do</strong> art. 22, a incriminação só alcança qu<strong>em</strong> ‘efetuar<br />

operação <strong>de</strong> câmbio não autorizada’: nela não se compreen<strong>de</strong> a ação <strong>de</strong><br />

qu<strong>em</strong>, pelo contrário, haja eventualmente, introduzi<strong>do</strong> no País moeda<br />

estrangeira recebida no exterior, s<strong>em</strong> efetuar a operação <strong>de</strong> câmbio <strong>de</strong>vida<br />

para convertê-la <strong>em</strong> moeda nacional. Da hipótese restante – a <strong>de</strong> que a parcela<br />

<strong>do</strong>s honorários <strong>do</strong> procura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> atleta não <strong>de</strong>clarada à Receita Fe<strong>de</strong>ral se<br />

houvesse manti<strong>do</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>pósito no exterior – objeto <strong>de</strong> incriminação na parte<br />

final <strong>do</strong> parágrafo único <strong>do</strong> art. 22 da L. 7.492/86 –, só se po<strong>de</strong>ria cogitar se a<br />

<strong>de</strong>núncia se fundasse <strong>em</strong> el<strong>em</strong>entos concretos <strong>de</strong> sua existência, à falta <strong>do</strong>s<br />

quais adstringiu-se a aventar suspeita difusa, da qual não oferece, n<strong>em</strong><br />

preten<strong>de</strong> oferecer, da<strong>do</strong>s mínimos <strong>de</strong> concretu<strong>de</strong>." (HC 88.087, Rel. Min.<br />

Sepúlveda Pertence, julgamento <strong>em</strong> 17-10-06, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 15-12-06)<br />

"Crime contra o Sist<strong>em</strong>a Financeiro Nacional. As entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> pensão<br />

estão incluídas no Sist<strong>em</strong>a Financeiro Nacional. Frau<strong>de</strong> cometida contra<br />

entida<strong>de</strong> previ<strong>de</strong>nciária. Aplicação da Lei no 7.492/86. Competência da Justiça<br />

Fe<strong>de</strong>ral." (RHC 85.094, Rel. Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s, julgamento <strong>em</strong> 15-2-05, 2ª<br />

Turma, DJ <strong>de</strong> 8-4-05)<br />

"O fato <strong>de</strong> o Diploma Maior revelar o Sist<strong>em</strong>a Financeiro Nacional, dispon<strong>do</strong><br />

sobre t<strong>em</strong>as a ser<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, entre outros, pela legislação<br />

compl<strong>em</strong>entar, não é <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> a concluir-se não haver si<strong>do</strong> recebida a Lei nº<br />

7.492/86, no que procedida a equiparação <strong>do</strong>s consórcios, para efeito penal, à<br />

instituição financeira." (RHC 84.182, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento <strong>em</strong><br />

24-8-04, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 10-9-04)<br />

"A capitulação feita na <strong>de</strong>núncia imputa ao paciente o crime <strong>de</strong>scrito no art. 17<br />

da lei 7.492/1986. (...) Efetivamente, parece-me claro que o crime<br />

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