19.06.2013 Views

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

“Não se admite a suspensão condicional <strong>do</strong> processo por crime continua<strong>do</strong>, se<br />

a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo <strong>de</strong> um<br />

sexto for superior a um ano.” (Súmula 723)<br />

“A Lei penal mais grave aplica-se ao crime continua<strong>do</strong> ou ao crime<br />

permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuida<strong>de</strong> ou da<br />

permanência.” (Súmula 711)<br />

“Quan<strong>do</strong> se tratar <strong>de</strong> crime continua<strong>do</strong>, a prescrição regula-se pela pena<br />

imposta na sentença, não se computan<strong>do</strong> o acréscimo <strong>de</strong>corrente da<br />

continuação.” (Súmula 497)<br />

“Ainda que fosse superada a barreira da impossibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> reexame <strong>do</strong>s<br />

el<strong>em</strong>entos fático-probatórios <strong>em</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> habeas corpus, a <strong>de</strong>cisão atacada<br />

não merece reparo, pois aplicar a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>litiva a espécie traria prejuízo<br />

ao paciente. Caso fosse aplicada a regra <strong>do</strong> crime continua<strong>do</strong>, a pena <strong>do</strong><br />

paciente não seria aumentada <strong>em</strong> apenas um sexto como <strong>de</strong>seja o impetrante,<br />

mas po<strong>de</strong>ria ser elevada ate o triplo, o que, evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, lhe seria<br />

<strong>de</strong>sfavorável.” (HC 96.784, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento <strong>em</strong> 4-12-09, 2ª<br />

Turma, DJE <strong>de</strong> 5-2-10).<br />

“A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>litiva é, na sist<strong>em</strong>ática penal brasileira, uma criação<br />

puramente jurídica. Espécie <strong>de</strong> presunção, a implicar verda<strong>de</strong>iro benefício<br />

àqueles que, nas mesmas circunstâncias <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, mo<strong>do</strong> e lugar <strong>de</strong> execução,<br />

praticam crimes da mesma espécie. Isso porque, nada obstante a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> condutas cometidas pelo agente, a lei presume a existência <strong>de</strong> um crime<br />

único.” (HC 98.647, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento <strong>em</strong> 13-10-09, 1ª Turma,<br />

DJE <strong>de</strong> 20-11-09)<br />

“O instituto da continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>litiva é modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concreção da garantia<br />

constitucional da individualização da pena, a operar mediante benefício<br />

àqueles que, nas mesmas circunstâncias <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, mo<strong>do</strong> e lugar <strong>de</strong> execução,<br />

comet<strong>em</strong> crimes da mesma espécie.” (HC 93.536, Rel. Min. Carlos Britto,<br />

julgamento <strong>em</strong> 16-9-09, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 7-8-09)<br />

“Para o acusa<strong>do</strong> exercer, <strong>em</strong> plenitu<strong>de</strong>, a garantia <strong>do</strong> contraditório, torna-se<br />

indispensável que o órgão da acusação <strong>de</strong>screva, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> preciso, os<br />

el<strong>em</strong>entos estruturais (essentialia <strong>de</strong>licti) que compõ<strong>em</strong> o tipo penal, sob pena<br />

<strong>de</strong> se <strong>de</strong>volver, ilegitimamente, ao réu, o ônus (que sobre ele não inci<strong>de</strong>) <strong>de</strong><br />

provar que é inocente. Em matéria <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> penal, não se registra,<br />

no mo<strong>de</strong>lo constitucional brasileiro, qualquer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o Judiciário, por<br />

simples presunção ou com fundamento <strong>em</strong> meras suspeitas, reconhecer a<br />

culpa <strong>do</strong> réu. Os princípios <strong>de</strong>mocráticos que informam o sist<strong>em</strong>a jurídico<br />

nacional repel<strong>em</strong> qualquer ato estatal que transgrida o <strong>do</strong>gma <strong>de</strong> que não<br />

haverá culpa penal por presunção n<strong>em</strong> responsabilida<strong>de</strong> criminal por mera<br />

suspeita.” (HC 84.580, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong> 25-8-09, 2ª<br />

Turma, DJE <strong>de</strong> 18-9-09)<br />

“Delitos <strong>de</strong> roubo qualifica<strong>do</strong> e <strong>de</strong> latrocínio. Crime continua<strong>do</strong>.<br />

Reconhecimento. Inadmissibilida<strong>de</strong>. Tipos <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong>s jurídicas distintas.<br />

31

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!