19.06.2013 Views

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

que sinaliz<strong>em</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o paciente influir no ânimo das test<strong>em</strong>unhas e<br />

<strong>de</strong>nunciantes <strong>do</strong> esqu<strong>em</strong>a ilícito. A garantia da or<strong>de</strong>m econômica autoriza a<br />

custódia cautelar, se as ativida<strong>de</strong>s ilícitas <strong>do</strong> grupo criminoso a que,<br />

supostamente, pertence o paciente repercut<strong>em</strong> negativamente no comércio<br />

lícito e, portanto, alcançam um in<strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> contingente <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res e<br />

comerciantes honestos. Vulneração <strong>do</strong> princípio constitucional da livre<br />

concorrência. A eventual aplicação da lei penal é fundamento idôneo para<br />

<strong>em</strong>basar o <strong>de</strong>creto prisional, quan<strong>do</strong> as condições objetivas <strong>do</strong> caso dão conta<br />

<strong>de</strong> que a suposta quadrilha possui ramificações <strong>em</strong> outros países on<strong>de</strong>,<br />

inclusive, co-réu se encontra foragi<strong>do</strong>. Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>negada.” (HC 91.016, Rel.<br />

Min. Carlos Britto, julgamento <strong>em</strong> 13-11-07, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 9-5-08). No<br />

mesmo senti<strong>do</strong>: HC 97.076, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento <strong>em</strong> 2-6-09, 2ª<br />

Turma, DJE <strong>de</strong> 26-6-09.<br />

“A eventual aplicação da lei penal é fundamento idôneo para <strong>em</strong>basar o<br />

<strong>de</strong>creto prisional, quan<strong>do</strong> as condições objetivas <strong>do</strong> caso dão conta <strong>de</strong> que a<br />

suposta quadrilha possui ramificações <strong>em</strong> outros países on<strong>de</strong>, inclusive, co-réu<br />

se encontra foragi<strong>do</strong>.” (HC 91.016, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento <strong>em</strong> 13-<br />

11-07, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 9-5-08). No mesmo senti<strong>do</strong>: HC 97.076, Rel. Min.<br />

Cezar Peluso, julgamento <strong>em</strong> 2-6-09, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 26-6-09; HC 96.008,<br />

Rel. Min. Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 2-12-08, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 14-8-09.<br />

"D<strong>em</strong>ora no julgamento <strong>de</strong> habeas corpus no STJ. (...) A Constituição <strong>do</strong> Brasil<br />

<strong>de</strong>termina que ‘a to<strong>do</strong>s, no âmbito judicial e administrativo, são assegura<strong>do</strong>s a<br />

razoável duração <strong>do</strong> processo e os meios que garantam a celerida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

tramitação’ (CB, art. 5º, inc. LXXVIII). A realida<strong>de</strong> pública e notória enfrentada<br />

pelo STJ e por esta Corte, marcada pela excessiva carga <strong>de</strong> processos,<br />

impe<strong>de</strong> a plena realização da garantia constitucional <strong>do</strong> julgamento célere.<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>negada, mas com a recomendação, e não com a <strong>de</strong>terminação, <strong>de</strong><br />

que o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça dê preferência aos julgamentos<br />

reclama<strong>do</strong>s." (HC 91.408, Rel. Min. Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 14-8-07, 2ª<br />

Turma, DJ <strong>de</strong> 26-10-07)<br />

“O <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> custódia provisória aten<strong>de</strong>u ao disposto nos arts. 41 e 43, <strong>do</strong><br />

CPP. A <strong>de</strong>cretação da preventiva lastreou-se nos fundamentos da garantia da<br />

or<strong>de</strong>m pública, garantia da aplicação da lei penal e conveniência da instrução<br />

criminal, nos termos <strong>do</strong> art. 312 <strong>do</strong> CPP. Na linha da jurisprudência <strong>de</strong>ste<br />

Tribunal, porém, não basta, a mera explicitação textual <strong>do</strong>s requisitos previstos<br />

pelo art. 312 <strong>do</strong> CPP. Prece<strong>de</strong>ntes: HC n. 84.662/BA, Rel. Min. Eros Grau, 1ª<br />

Turma, unânime, DJ 22-10-2004; HC n. 86.175/SP, Rel. Min. Eros Grau, 2ª<br />

Turma, unânime, DJ 10-11-2006; HC n. 87.041/PA, Rel. Min. Cezar Peluso, 1ª<br />

Turma, maioria, DJ 24-11-2006 e HC n. 88.448/RJ, Rel. Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s,<br />

2ª Turma, por <strong>em</strong>pate na votação, DJ 9-3-2007. Da simples leitura <strong>do</strong> <strong>de</strong>creto<br />

prisional, as únicas afirmações ou adjetivações apresentadas pelo juízo <strong>de</strong><br />

orig<strong>em</strong> são ilações <strong>de</strong> que a constrição pautar-se-ia no modus operandi da<br />

prática criminosa imputada ao paciente e na ‘comoção social que a gravida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>lito causou na socieda<strong>de</strong> paulistana’. Não há razões bastantes para a<br />

manutenção da custódia preventiva, seja tanto pela garantia da or<strong>de</strong>m pública,<br />

seja pela aplicação da lei penal e conveniência da instrução criminal, as quais<br />

se revelam intimamente vinculadas. Situação <strong>de</strong> constrangimento ilegal apta a<br />

266

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!