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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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"A unilateralida<strong>de</strong> das investigações preparatórias da ação penal não autoriza a<br />

Polícia Judiciária a <strong>de</strong>srespeitar as garantias jurídicas que assist<strong>em</strong> ao<br />

indicia<strong>do</strong>, que não mais po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> mero objeto <strong>de</strong> investigações. O<br />

indicia<strong>do</strong> é sujeito <strong>de</strong> direitos e dispõe <strong>de</strong> garantias, legais e constitucionais,<br />

cuja inobservância, pelos agentes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, além <strong>de</strong> eventualmente induzirlhes<br />

a responsabilida<strong>de</strong> penal por abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, po<strong>de</strong> gerar a absoluta<br />

<strong>de</strong>svalia das provas ilicitamente obtidas no curso da investigação policial. (...)<br />

Eventuais vícios formais concernentes ao inquérito policial não têm o condão<br />

<strong>de</strong> infirmar a valida<strong>de</strong> jurídica <strong>do</strong> subseqüente processo penal con<strong>de</strong>natório. As<br />

nulida<strong>de</strong>s processuais concern<strong>em</strong>, tão-somente, aos <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m jurídica<br />

que afetam os atos pratica<strong>do</strong>s ao longo da ação penal con<strong>de</strong>natória.<br />

Prece<strong>de</strong>ntes." (HC 73.271, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong> 19-3-96, 1ª<br />

Turma, DJ <strong>de</strong> 4-10-96)<br />

Juiza<strong>do</strong> Especial Criminal<br />

"A jurisprudência <strong>de</strong>ste Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral é firme no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que o<br />

<strong>de</strong>scumprimento da transação penal a que alu<strong>de</strong> o art. 76 da Lei nº 9.099/95<br />

gera a submissão <strong>do</strong> processo ao seu esta<strong>do</strong> anterior, oportunizan<strong>do</strong>-se ao<br />

Ministério Público a propositura da ação penal e ao Juízo o recebimento da<br />

peça acusatória." (HC 84.976, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento <strong>em</strong> 20-9-05,<br />

1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 23-3-07). No mesmo senti<strong>do</strong>: RE 602.072-QO, Rel. Min.<br />

Cezar Peluso, julgamento <strong>em</strong> 19-11-09, Plenário, Informativo 568; HC 88.785,<br />

Rel. Min. Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 13-6-06, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 4-8-06; HC<br />

79.572, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento <strong>em</strong> 29-2-00, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 22-2-<br />

00.<br />

“Reuni<strong>do</strong>s os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional <strong>do</strong><br />

processo, mas se recusan<strong>do</strong> o Promotor <strong>de</strong> Justiça a propô-la, o Juiz,<br />

dissentin<strong>do</strong>, r<strong>em</strong>eterá a questão ao Procura<strong>do</strong>r-Geral, aplican<strong>do</strong>-se por<br />

analogia o art. 28 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Penal.” (Súmula 696)<br />

“Não se admite a suspensão condicional <strong>do</strong> processo por crime continua<strong>do</strong>, se<br />

a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo <strong>de</strong> um<br />

sexto for superior a um ano.” (Súmula 723)<br />

“A Turma iniciou julgamento <strong>de</strong> habeas corpus <strong>em</strong> favor <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barga<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

Tribunal <strong>de</strong> Justiça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Paraíba <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong> pela suposta prática <strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>litos <strong>de</strong> quebra da or<strong>de</strong>m cronológica <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> precatórios (CF,<br />

art. 100, § 6º), <strong>de</strong> atuação <strong>em</strong> processo no qual seria suspeito por alegada<br />

amiza<strong>de</strong> íntima (Lei 1.079/50, art. 39, 2), e <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> prevaricação (CP, art.<br />

319), to<strong>do</strong>s ocorri<strong>do</strong>s enquanto exercia as funções <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte daquela<br />

Corte. Requer a impetração <strong>em</strong> síntese: a) que seja <strong>de</strong>cretada a extinção da<br />

punibilida<strong>de</strong> quanto ao crime <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, na medida <strong>em</strong> que a<br />

permanência no cargo <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> tribunal <strong>de</strong>ve ser interpretada como<br />

condição <strong>de</strong> procedibilida<strong>de</strong> para o recebimento da <strong>de</strong>núncia; b) que seja<br />

reconhecida a ilegitimida<strong>de</strong> ativa <strong>do</strong> Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral da peça<br />

acusatória, nos termos <strong>do</strong> art. 41-A da Lei 1.079/50, uma vez que, diante da<br />

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