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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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mesmo senti<strong>do</strong>: HC 74.023, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento <strong>em</strong> 13-6-00,<br />

Plenário, DJ <strong>de</strong> 6-10-00; HC 75.889, Rel. p/ o ac. Min. Maurício Corrêa,<br />

julgamento <strong>em</strong> 17-3-98, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 19-6-98.<br />

"A Justiça Militar estadual não dispõe <strong>de</strong> competência penal para processar e<br />

julgar civil que tenha si<strong>do</strong> <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong> pela prática <strong>de</strong> crime contra a Polícia<br />

Militar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Qualquer tentativa <strong>de</strong> submeter os réus civis a<br />

procedimentos penais-persecutórios instaura<strong>do</strong>s perante órgãos da Justiça<br />

Militar estadual representa, no contexto <strong>de</strong> nosso sist<strong>em</strong>a jurídico, clara<br />

violação ao principio constitucional <strong>do</strong> juiz natural (CF, art. 5º, LIII). A<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral, ao <strong>de</strong>finir a competência penal da Justiça Militar <strong>do</strong>s<br />

Esta<strong>do</strong>s-M<strong>em</strong>bros, <strong>de</strong>limitou o âmbito <strong>de</strong> incidência <strong>do</strong> seu exercício, impon<strong>do</strong>,<br />

para efeito <strong>de</strong> sua configuração, o concurso necessário <strong>de</strong> <strong>do</strong>is requisitos: um,<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m objetiva (a prática <strong>de</strong> crime militar <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>em</strong> lei) e outro, <strong>de</strong> ín<strong>do</strong>le<br />

subjetiva (a qualificação <strong>do</strong> agente como policial militar ou como bombeiro<br />

militar). A competência constitucional da Justiça Militar estadual, portanto,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> direito estrito, esten<strong>de</strong>-se, tão-somente, aos integrantes da Policia<br />

Militar ou <strong>do</strong>s Corpos <strong>de</strong> Bombeiros Militares que hajam cometi<strong>do</strong> <strong>de</strong>lito <strong>de</strong><br />

natureza militar." (HC 70.604, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong> 10-5-94,<br />

1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 1º-7-94)<br />

O postula<strong>do</strong> <strong>do</strong> Promotor Natural, que se revela imanente ao sist<strong>em</strong>a<br />

constitucional brasileiro, repele, a partir da vedação <strong>de</strong> <strong>de</strong>signações casuísticas<br />

efetuadas pela Chefia da Instituição, a figura <strong>do</strong> acusa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> exceção. Esse<br />

princípio consagra uma garantia <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m jurídica, <strong>de</strong>stinada tanto a proteger o<br />

m<strong>em</strong>bro <strong>do</strong> Ministério Público, na medida <strong>em</strong> que lhe assegura o exercício<br />

pleno e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> seu ofício, quanto a tutelar a própria coletivida<strong>de</strong>, a<br />

qu<strong>em</strong> se reconhece o direito <strong>de</strong> ver atuan<strong>do</strong>, <strong>em</strong> quaisquer causas, apenas o<br />

Promotor cuja intervenção se justifique a partir <strong>de</strong> critérios abstratos e<br />

pre<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s, estabeleci<strong>do</strong>s <strong>em</strong> lei. A matriz constitucional <strong>de</strong>sse princípio<br />

assenta-se nas cláusulas da in<strong>de</strong>pendência funcional e da inamovibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

m<strong>em</strong>bros da Instituição. O postula<strong>do</strong> <strong>do</strong> Promotor Natural limita, por isso<br />

mesmo, o po<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r-Geral que, <strong>em</strong>bora expressão visível da<br />

unida<strong>de</strong> institucional, não <strong>de</strong>ve exercer a Chefia <strong>do</strong> Ministério Público <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

heg<strong>em</strong>ônico e incontrastável. Posição <strong>do</strong>s Ministros Celso <strong>de</strong> Mello (Relator),<br />

Sepúlveda Pertence, Marco Aurélio e Carlos Velloso. Divergência, apenas,<br />

quanto a aplicabilida<strong>de</strong> imediata <strong>do</strong> princípio <strong>do</strong> Promotor Natural: necessida<strong>de</strong><br />

da interpositio legislatoris para efeito <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong> princípio (Ministro Celso <strong>de</strong><br />

Mello); incidência <strong>do</strong> postula<strong>do</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> intermediação<br />

legislativa (Ministros Sepúlveda Pertence, Marco Aurélio e Carlos Velloso)."<br />

(HC 67.759, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong> 6-8-92, Plenário, DJ <strong>de</strong><br />

1º-7-93)<br />

Princípio da Ampla Defesa<br />

"Violação aos princípios da igualda<strong>de</strong> e da ampla <strong>de</strong>fesa. (...) O recolhimento<br />

<strong>do</strong> con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> à prisão não po<strong>de</strong> ser exigi<strong>do</strong> como requisito para o<br />

conhecimento <strong>do</strong> recurso <strong>de</strong> apelação, sob pena <strong>de</strong> violação aos direitos <strong>de</strong><br />

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