19.06.2013 Views

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

"O oferecimento da representação, condição <strong>de</strong> procedibilida<strong>de</strong> da ação penal<br />

pública condicionada, não exige requisito formal, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser suprida pela<br />

manifestação expressa da vítima ou <strong>de</strong> seu representante, no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

prosseguimento da ação penal contra o autor. Se a vítima, apesar <strong>de</strong> menor,<br />

<strong>de</strong>monstra interesse no prosseguimento da persecução penal, a representação<br />

formal, oferecida por cura<strong>do</strong>r especial após o oferecimento da <strong>de</strong>núncia, supre<br />

a formalida<strong>de</strong>, já que ratifica a manifestação anterior." (HC 88.387, Rel. Min.<br />

Ricar<strong>do</strong> Lewan<strong>do</strong>wski, julgamento <strong>em</strong> 10-10-06, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 6-11-06).<br />

"A ação penal relativa aos crimes tipifica<strong>do</strong>s nos artigos 171 e 177 <strong>do</strong> Código<br />

Penal é pública incondicionada. A ação penal privada subsidiária da<br />

pública,prevista no artigo 29 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Penal, só t<strong>em</strong> cabimento<br />

quan<strong>do</strong> há inércia <strong>do</strong> Ministério Público, o que não ocorreu no caso sob exame.<br />

Hipótese <strong>em</strong> que o parecer <strong>do</strong> Ministério Público, no senti<strong>do</strong> da rejeição da<br />

queixa-crime, por atipicida<strong>de</strong>, equivale, na verda<strong>de</strong>, à requisição <strong>de</strong><br />

arquivamento <strong>do</strong> feito." (Inq 2.242-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 7-<br />

6-06, Plenário, DJ <strong>de</strong> 25-8-06)<br />

“Somente hipóteses excepcionalíssimas autorizam o trancamento da ação<br />

penal <strong>em</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> habeas corpus; ou seja, quan<strong>do</strong> os fatos narra<strong>do</strong>s na<br />

<strong>de</strong>núncia não consubstanci<strong>em</strong> crime, quan<strong>do</strong> se dê a prescrição, ou quan<strong>do</strong><br />

ocorre <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> forma, consi<strong>de</strong>rada a peça inicial acusatória. Tratan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>núncia que faz clara exposição <strong>de</strong> fato que, ao menos <strong>em</strong> tese, constitui<br />

crime, com as <strong>de</strong>vidas circunstâncias <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, mo<strong>do</strong> e espaço,<br />

individualizan<strong>do</strong>, ainda, a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> acusa<strong>do</strong> e portan<strong>do</strong> rol <strong>de</strong><br />

test<strong>em</strong>unhas, imperioso é o prosseguimento <strong>do</strong> processo crime.” (HC 86.786,<br />

Rel. Min. Carlos Britto, julgamento <strong>em</strong> 2-5-06, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 23-3-07). No<br />

mesmo senti<strong>do</strong>: HC 84.841, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento <strong>em</strong> 19-10-04,<br />

1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 19-11-04.<br />

"Tratan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> ação penal privada, o oferecimento <strong>de</strong> queixa-crime somente<br />

contra um ou alguns <strong>do</strong>s supostos autores ou partícipes da prática <strong>de</strong>lituosa,<br />

com exclusão <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais envolvi<strong>do</strong>s, configura hipótese <strong>de</strong> violação ao<br />

princípio da indivisibilida<strong>de</strong> (CPP, art. 48), implican<strong>do</strong>, por isso mesmo,<br />

renúncia tácita ao direito <strong>de</strong> querela (CPP, art. 49), cuja eficácia extintiva da<br />

punibilida<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>-se a to<strong>do</strong>s quantos alegadamente hajam intervin<strong>do</strong> no<br />

suposto cometimento da infração penal (CP, art. 107, V, c/c o art. 104).<br />

Doutrina. Prece<strong>de</strong>ntes." (HC 88.165, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, julgamento <strong>em</strong><br />

18-4-06, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 29-6-07)<br />

"A <strong>de</strong>sistência da ação penal privada po<strong>de</strong> ocorrer a qualquer momento,<br />

somente surgin<strong>do</strong> óbice intransponível quan<strong>do</strong> já existente <strong>de</strong>cisão<br />

con<strong>de</strong>natória transitada <strong>em</strong> julga<strong>do</strong>." (HC 83.228, Rel. Min. Marco Aurélio,<br />

julgamento <strong>em</strong> 1º-8-05, Plenário, DJ <strong>de</strong> 11-11-05)<br />

"Peça acusatória que, ao revés, <strong>de</strong>screve fato previsto na lei penal. A<br />

presença, ou não, <strong>de</strong> causa exclu<strong>de</strong>nte da culpa haverá <strong>de</strong> ser verificada no<br />

curso da instrução criminal. A<strong>de</strong>mais, a falta <strong>de</strong> justa causa para a ação penal<br />

11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!