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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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<strong>do</strong>s §§ 1º e 2º <strong>do</strong> art. 84 <strong>do</strong> CPP, introduzi<strong>do</strong>s pela Lei n. 10.628/2002. ADI n.<br />

2.797 e n. 2.860. Prece<strong>de</strong>ntes. A cessação <strong>do</strong> mandato eletivo, no curso <strong>do</strong><br />

processo <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> improbida<strong>de</strong> administrativa, implica perda automática da<br />

chamada prerrogativa <strong>de</strong> foro e <strong>de</strong>slocamento da causa ao juízo <strong>de</strong> primeiro<br />

grau, ainda que o fato que <strong>de</strong>u causa à <strong>de</strong>manda haja ocorri<strong>do</strong> durante o<br />

exercício da função pública." (Rcl 3.021-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso,<br />

julgamento <strong>em</strong> 3-12-08, DJE <strong>de</strong> 6-2-09)<br />

“Delitos pratica<strong>do</strong>s in officio por servi<strong>do</strong>res administrativos <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong><br />

Justiça <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Territórios – TJDFT são processa<strong>do</strong>s e julga<strong>do</strong>s<br />

perante a própria Justiça <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e não pela Justiça Fe<strong>de</strong>ral. Com<br />

base nessa orientação, a Turma in<strong>de</strong>feriu habeas corpus <strong>em</strong> que se buscava<br />

fosse fixada a competência da Justiça Fe<strong>de</strong>ral para processar e julgar os<br />

crimes <strong>de</strong> falsida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ológica e corrupção passiva supostamente cometi<strong>do</strong>s<br />

por oficial <strong>de</strong> justiça, vincula<strong>do</strong> ao TJDFT, no <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> suas funções.<br />

Sustentava a impetração a nulida<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o procedimento instaura<strong>do</strong> perante<br />

o Po<strong>de</strong>r Judiciário local, na medida <strong>em</strong> que, como o Po<strong>de</strong>r Judiciário <strong>do</strong> DF é<br />

organiza<strong>do</strong> e manti<strong>do</strong> pela União, a competência para o processamento <strong>do</strong><br />

feito seria da Justiça Fe<strong>de</strong>ral. Asseverou-se, por fim, que o Po<strong>de</strong>r Judiciário<br />

distrital t<strong>em</strong> o tratamento da Justiça local.” (HC 93.019, Rel. Min. Celso <strong>de</strong><br />

Mello, julgamento <strong>em</strong> 2-12-08, Informativo 531)<br />

“Verbas fe<strong>de</strong>rais. Convênio celebra<strong>do</strong> entre a união e pessoa jurídica <strong>de</strong> direito<br />

priva<strong>do</strong>. Objeto <strong>do</strong> convênio integralmente cumpri<strong>do</strong>. Ausência <strong>de</strong> verba a ser<br />

fiscalizada pelo tribunal <strong>de</strong> contas da união. (...) Compete à justiça comum<br />

estadual o julgamento <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> apropriação indébita <strong>de</strong> quantia pertencente<br />

a fundação <strong>de</strong> direito priva<strong>do</strong>”. (HC 89.523, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento<br />

<strong>em</strong> 25-11-08, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 3-4-09)<br />

“É da competência da Justiça Fe<strong>de</strong>ral, o processo <strong>de</strong> ação penal por crime <strong>de</strong><br />

roubo <strong>de</strong> objetos <strong>em</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>r efetivo da Empresa Brasileira <strong>de</strong><br />

Correios e Telégrafos, no exercício <strong>de</strong> suas funções <strong>de</strong> carteiro.” (RE 473.033,<br />

Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento <strong>em</strong> 11-11-08, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 5-12-08)<br />

“O acórdão recorri<strong>do</strong> manteve a <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> juiz fe<strong>de</strong>ral que <strong>de</strong>clarou a<br />

incompetência da justiça fe<strong>de</strong>ral para processar e julgar o crime <strong>de</strong> redução à<br />

condição análoga à <strong>de</strong> escravo, o crime <strong>de</strong> frustração <strong>de</strong> direito assegura<strong>do</strong> por<br />

lei trabalhista, o crime <strong>de</strong> omissão <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da Carteira <strong>de</strong> Trabalho e<br />

Previdência Social e o crime <strong>de</strong> exposição da vida e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res a<br />

perigo. No caso, enten<strong>de</strong>u-se que não se trata <strong>de</strong> crimes contra a organização<br />

<strong>do</strong> trabalho, mas contra <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, o que não atrai a<br />

competência da Justiça fe<strong>de</strong>ral. O Plenário <strong>do</strong> Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, no<br />

julgamento <strong>do</strong> RE 398.041 (rel. Min. Joaquim Barbosa, sessão <strong>de</strong> 30.11.2006),<br />

fixou a competência da Justiça fe<strong>de</strong>ral para julgar os crimes <strong>de</strong> redução à<br />

condição análoga à <strong>de</strong> escravo, por enten<strong>de</strong>r ‘que quaisquer condutas que<br />

viol<strong>em</strong> não só o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> órgãos e instituições que preservam,<br />

coletivamente, os direitos e <strong>de</strong>veres <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, mas também o hom<strong>em</strong><br />

trabalha<strong>do</strong>r, atingin<strong>do</strong>-o nas esferas <strong>em</strong> que a Constituição lhe confere<br />

proteção máxima, enquadram-se na categoria <strong>do</strong>s crimes contra a organização<br />

<strong>do</strong> trabalho, se praticadas no contexto <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> trabalho’ (Informativo n.<br />

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