19.06.2013 Views

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>de</strong> crime permanente, o lapso prescricional somente começa a fluir a partir <strong>do</strong><br />

momento <strong>em</strong> que cessa a permanência.”. (RHC 83.437, Rel. Min. Joaquim<br />

Barbosa, julgamento <strong>em</strong> 10-2-04, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 18-4-08)<br />

Or<strong>de</strong>m Tributária, Econômica e Relações <strong>de</strong> Consumo<br />

“Não se tipifica crime material contra a or<strong>de</strong>m tributária, previsto no art. 1º,<br />

incisos I a IV, da Lei no 8.137/90, antes <strong>do</strong> lançamento <strong>de</strong>finitivo <strong>do</strong> tributo.”<br />

(Súmula Vinculante 24)<br />

“É pública incondicionada a ação penal por crime <strong>de</strong> sonegação fiscal.”<br />

(Súmula 609)<br />

“O recorrente preten<strong>de</strong> ver reconhecida nulida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia oferecida pela<br />

prática <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> sonegação fiscal (art. 1º da Lei 8.137/90), antes <strong>do</strong><br />

encerramento <strong>do</strong> processo administrativo-fiscal. Não há nulida<strong>de</strong> na intimação<br />

<strong>do</strong> contribuinte por edital, quan<strong>do</strong> infrutíferas as tentativas <strong>de</strong> intimação<br />

pessoal, no en<strong>de</strong>reço constante <strong>de</strong> seu cadastro junto ao Fisco, nos termos <strong>do</strong><br />

disposto no art. 23 <strong>do</strong> Dec. 70.235/72. (...) No caso <strong>em</strong> tela, não obstante a<br />

<strong>de</strong>núncia ter si<strong>do</strong> recebida antes <strong>do</strong> encerramento <strong>de</strong>finitivo <strong>do</strong> procedimento<br />

fiscal, a ação penal ficou suspensa durante toda a tramitação <strong>do</strong> processo<br />

administrativo na Receita Fe<strong>de</strong>ral e somente retomou seu curso após o<br />

julgamento <strong>de</strong>finitivo <strong>do</strong> feito pelo Conselho <strong>de</strong> Contribuintes. Ressalte-se que<br />

a suspensão <strong>do</strong> andamento da ação penal até o lançamento <strong>de</strong>finitivo <strong>do</strong><br />

crédito tributário foi requerida ao Magistra<strong>do</strong> <strong>de</strong> primeiro grau pelo próprio<br />

recorrente. De outro giro, a nulida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>núncia por falta <strong>de</strong> justa causa, <strong>em</strong><br />

razão <strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> oferecida antes <strong>do</strong> encerramento <strong>do</strong> procedimento<br />

administrativo-fiscal, somente foi alegada pelo recorrente após a sentença<br />

con<strong>de</strong>natória. A jurisprudência <strong>do</strong> Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral é firme no senti<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> que ‘os vícios da <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser argüi<strong>do</strong>s antes da prolação da<br />

sentença’ (RHC 84.849/PR, Rel. Min. Eros Grau, DJ 12-8-05) (...) Além disso,<br />

na presente hipótese, não houve prejuízo para o recorrente, já que a ação<br />

penal ficou suspensa, a pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua própria <strong>de</strong>fesa, durante to<strong>do</strong> o trâmite<br />

<strong>do</strong> procedimento administrativo-fiscal, somente retoman<strong>do</strong> seu curso após a<br />

constituição <strong>de</strong>finitiva <strong>do</strong> crédito tributário. Não se po<strong>de</strong> admitir que agora o<br />

recorrente pretenda anular to<strong>do</strong> o processo, quan<strong>do</strong> foi a pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua própria<br />

<strong>de</strong>fesa que a ação penal foi suspensa até o encerramento <strong>do</strong> procedimento<br />

administrativo-fiscal. De fato, segun<strong>do</strong> o art. 565 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Penal,<br />

‘nenhuma das partes po<strong>de</strong>rá argüir nulida<strong>de</strong> a que haja da<strong>do</strong> causa, ou para<br />

que tenha concorri<strong>do</strong>’.” (RHC 95.108, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento <strong>em</strong> 24-<br />

11-09, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 18-12-09)<br />

“No caso, a <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong>screveu, suficient<strong>em</strong>ente, os fatos supostamente<br />

ilícitos, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>scabi<strong>do</strong> o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento requeri<strong>do</strong> na impetração.<br />

Denúncia que permitiu aos acusa<strong>do</strong>s o mais amplo exercício <strong>do</strong> direito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa. Pelo que não é <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como fruto <strong>de</strong> um arbitrário<br />

exercício <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r-<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> promover a ação penal pública. O quadro <strong>em</strong>pírico<br />

84

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!