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Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

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ao próprio paciente, que, não obstante integra<strong>do</strong> à comunhão nacional, insistiu<br />

<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> por servi<strong>do</strong>res da FUNAI." (HC 79.530, Rel. Min. Ilmar<br />

Galvão, julgamento <strong>em</strong> 16-12-99, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 25-2-00)<br />

"T<strong>em</strong> razão o acórdão impugna<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> conclui que, uma vez julgada a<br />

Restauração <strong>de</strong> Autos, da sentença cabe Apelação, que só po<strong>de</strong> cuidar da<br />

Restauração propriamente dita (art. 593, II, <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Penal).<br />

Não, assim, da sentença <strong>de</strong> mérito. Suce<strong>de</strong> que, no caso, a Restauração<br />

realizou-se, b<strong>em</strong> ou mal, a partir da renovação da <strong>de</strong>núncia e <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os atos<br />

<strong>do</strong> processo, até a audiência final, quan<strong>do</strong>, por sentença, foram julga<strong>do</strong>s<br />

restaura<strong>do</strong>s. Com essa sentença as partes se conformaram, transitan<strong>do</strong> <strong>em</strong><br />

julga<strong>do</strong>. E a apelação interposta impugna a sentença con<strong>de</strong>natória restaurada,<br />

pois que já havia si<strong>do</strong> proferida e registrada antes <strong>do</strong> <strong>de</strong>saparecimento <strong>do</strong>s<br />

autos e da restauração. Para não conhecer da Apelação, o acórdão impugna<strong>do</strong><br />

partiu, ainda, <strong>de</strong> outro pressuposto, qual seja, o <strong>de</strong> que já transitara <strong>em</strong> julga<strong>do</strong><br />

a sentença con<strong>de</strong>natória. Suce<strong>de</strong> que não há nos autos prova alguma <strong>de</strong>sse<br />

trânsito <strong>em</strong> julga<strong>do</strong>. Defere-se, pois, o Habeas Corpus para <strong>de</strong>terminar que o<br />

órgão judiciário aponta<strong>do</strong> como coator, proceda ao julgamento da Apelação<br />

interposta contra a sentença con<strong>de</strong>natória, como lhe parecer <strong>de</strong> direito,<br />

afasta<strong>do</strong>, assim, por ora, apenas o reconhecimento <strong>de</strong> seu trânsito <strong>em</strong> julga<strong>do</strong>."<br />

(HC 74.240, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento <strong>em</strong> 18-2-97, 1ª Turma, DJ<br />

<strong>de</strong> 11-4-97)<br />

“As restrições <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m t<strong>em</strong>ática que <strong>de</strong>limitam, materialmente, o âmbito <strong>de</strong><br />

exercício <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, estabelecidas pelo art. 85, § 1º, <strong>do</strong> Estatuto <strong>do</strong><br />

Estrangeiro, não são inconstitucionais e n<strong>em</strong> ofen<strong>de</strong>m a garantia da plenitu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, <strong>em</strong> face da natureza mesma <strong>de</strong> que se reveste o processo<br />

extradicional no direito brasileiro.” (Ext 669, Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello,<br />

julgamento <strong>em</strong> 6-3-96, Plenário, DJE <strong>de</strong> 29-3-96)<br />

Defesa Prévia<br />

“A alegação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência técnica da <strong>de</strong>fesa prévia apresentada pelo <strong>de</strong>fensor<br />

dativo não encontra respal<strong>do</strong> nos autos, uma vez que os impetrantes não<br />

lograram <strong>de</strong>monstrar eventual prejuízo causa<strong>do</strong> ao paciente <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a<br />

justificar a concessão da or<strong>de</strong>m. A jurisprudência <strong>de</strong>sta Corte é no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

que a nulida<strong>de</strong> por <strong>de</strong>ficiência na <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> réu só <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>clarada se<br />

comprova<strong>do</strong> o efetivo prejuízo. Esse entendimento está, ainda, preconiza<strong>do</strong> na<br />

Súmula nº 523/<strong>STF</strong> (...).” (HC 97.413, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento <strong>em</strong> 24-<br />

11-09, 1ª Turma, DJE <strong>de</strong> 18-12-09). No mesmo senti<strong>do</strong>: HC 91.475, Rel. Min.<br />

Eros Grau, julgamento <strong>em</strong> 29-9-09, 2ª Turma, DJE <strong>de</strong> 20-11-09; HC 86.763,<br />

Rel. Min. Carlos Brito, julgamento <strong>em</strong> 21-2-06, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 23-3-07.<br />

“A ausência da notificação prévia <strong>de</strong> que trata o art. 514 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong><br />

Processo Penal constitui vício que gera nulida<strong>de</strong> relativa e <strong>de</strong>ve ser argüida<br />

oportunamente, sob pena <strong>de</strong> preclusão. Prece<strong>de</strong>ntes. O princípio <strong>do</strong> pas <strong>de</strong><br />

nullité sans grief exige a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> prejuízo concreto à parte que suscita<br />

o vício, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente da sanção prevista para o ato, pois não se <strong>de</strong>clara<br />

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