19.06.2013 Views

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

Coletânea de Jurisprudência do STF em Temas Penais

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

"O crime mais grave <strong>de</strong> lesões corporais culposas, qualifica<strong>do</strong> pela falta <strong>de</strong><br />

habilitação para dirigir veículos, absorve o crime menos grave <strong>de</strong> dirigir s<strong>em</strong><br />

habilitação (artigos 303, par. único, e 309 <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro). O<br />

crime <strong>de</strong> lesões corporais culposas é <strong>de</strong> ação pública condicionada à<br />

representação da vítima por expressa disposição legal (artigos 88 e 91 da Lei<br />

nº 9.099/95). Na hipótese <strong>em</strong> que a vítima não exerce a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

representar, ocorre a extinção da punibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> crime mais grave <strong>de</strong> lesões<br />

corporais culposas, qualifica<strong>do</strong> pela falta <strong>de</strong> habilitação, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o<br />

paciente ser processa<strong>do</strong> pelo crime menos grave <strong>de</strong> dirigir s<strong>em</strong> habilitação, que<br />

restou absorvi<strong>do</strong>. Prece<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ambas as Turmas." (HC 80.298, Rel. Min.<br />

Maurício Corrêa, julgamento <strong>em</strong> 10-10-00, 2ª Turma, DJ <strong>de</strong> 1º-12-00)<br />

"No caso presente, o fato <strong>de</strong>lituoso correspon<strong>de</strong>ria a uma lesão corporal<br />

culposa, <strong>em</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito, atribuída a condutor inabilita<strong>do</strong> legalmente,<br />

crime <strong>de</strong> dano previsto no art. 303, parágrafo único, <strong>do</strong> CTB, e não <strong>de</strong> simples<br />

perigo, como consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> no art. 309. E o ofendi<strong>do</strong> não ofereceu a<br />

indispensável representação para a ação penal, no prazo legal <strong>de</strong> seis meses<br />

(artigos 88 e 92 da Lei 9.099/95, 103 e 107, IV, <strong>do</strong> Código Penal). Em face <strong>do</strong>s<br />

princípios da consunção e da absorção, o crime <strong>de</strong> dano efetivo (lesão corporal<br />

culposa imputada a condutor legalmente inabilita<strong>do</strong>), não po<strong>de</strong>ria ser<br />

converti<strong>do</strong> <strong>em</strong> crime <strong>de</strong> perigo (direção inabilitada), para se viabilizar a ação<br />

penal incondicionada, como concluiu o acórdão impugna<strong>do</strong>." (HC 80.221, Rel.<br />

Min. Sydney Sanches, julgamento <strong>em</strong> 8-8-00, 1ª Turma, DJ <strong>de</strong> 24-11-00)<br />

Denúncia / Queixa<br />

“É concorrente a legitimida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ofendi<strong>do</strong>, mediante queixa, e <strong>do</strong> Ministério<br />

Público, condicionada à representação <strong>do</strong> ofendi<strong>do</strong>, para a ação penal por<br />

crime contra a honra <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>r público <strong>em</strong> razão <strong>do</strong> exercício <strong>de</strong> suas<br />

funções.” (Súmula 714)<br />

“Salvo quan<strong>do</strong> nula a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> primeiro grau, o acórdão que provê o recurso<br />

contra a rejeição da <strong>de</strong>núncia vale, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, pelo recebimento <strong>de</strong>la.”<br />

(Súmula 709)<br />

“Os direitos <strong>de</strong> queixa e <strong>de</strong> representação po<strong>de</strong>m ser exerci<strong>do</strong>s,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, pelo ofendi<strong>do</strong> ou por seu representante legal.” (Súmula<br />

594)<br />

“O pagamento <strong>de</strong> cheque <strong>em</strong>iti<strong>do</strong> s<strong>em</strong> provisão <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s, após o recebimento<br />

da <strong>de</strong>núncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.” (Súmula 554)<br />

“Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único <strong>do</strong> Código <strong>de</strong><br />

Processo Penal, que possibilitam dar nova <strong>de</strong>finição jurídica ao fato <strong>de</strong>lituoso,<br />

<strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> circunstância el<strong>em</strong>entar não contida, explícita ou implicitamente,<br />

na <strong>de</strong>núncia ou queixa.” (Súmula 453)<br />

“Na concreta situação <strong>do</strong>s autos, a <strong>de</strong>fesa, na fase instaurada por força <strong>do</strong> art.<br />

54 da Lei nº 11.343/06, postulou a rejeição da <strong>de</strong>núncia, aduzin<strong>do</strong> a falta <strong>de</strong><br />

indícios <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>litiva. O Juízo, a seu turno, ao receber a inicial<br />

95

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!