Completa - Universidade Estácio de Sá
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GESTÃO DEMOCRÁTICA<br />
diretor remunerado <strong>de</strong> uma escola privada <strong>de</strong> 4200<br />
alunos, [...]. E a mais importante, eu tinha um<br />
quadro <strong>de</strong> professores que permitia fazer isso, por<br />
exemplo, tinha um professor <strong>de</strong> teatro, tinha uma<br />
professora <strong>de</strong> dança. Se argumentarem como<br />
algumas argumentaram „mas você está privilegiado<br />
porque você tem...‟, eu ia buscar essas pessoas e a<br />
regulamentação da secretaria permitia.” (Exdiretor)<br />
“[...] Um bom gestor não segue a lei ao pé da letra.<br />
Qualquer lei tem que ser interpretada. E se você<br />
observar, qualquer lei, ela diz no último item<br />
“Revoga-se as disposições em contrário.” Então ela<br />
<strong>de</strong>ixa brechas.” (Ex-diretor)<br />
“Eu posso dizer que fiquei os <strong>de</strong>z anos lá com os<br />
mesmos professores, houve aquisição <strong>de</strong> professores<br />
e a aquisição foi sempre por indicação, eu não<br />
recebia professores removidos porque não havia<br />
vagas, o quadro estava sempre completo. Então as<br />
pessoas que estavam lá eram pessoas que se<br />
integravam e se conheciam. É... digamos que 10,<br />
15% <strong>de</strong>les não se integravam a nível <strong>de</strong><br />
operosida<strong>de</strong>, mas o resto se integrava.” (Ex-diretor)<br />
Ao falar sobre os projetos <strong>de</strong>senvolvidos na escola,<br />
durante sua gestão, percebemos novamente uma<br />
postura que sugere autonomia:<br />
“[...] lá no Barra Sul são quatro escolas, são quatro<br />
realida<strong>de</strong>s. Aquelas escolas em que a diretora se<br />
limita – ou o diretor – a cumprir o que vem da CRE,<br />
embarca nos projetos – e os projetos não terminam<br />
-. Aquela escola em que tem um pouco mais <strong>de</strong><br />
garra, seu alunado, seu corpo docente, permite, ela<br />
seleciona os projetos. Então, lá tínhamos, <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong>sse quadro que eu to falando, [...]” (Ex-diretor)<br />
Percebemos que, tanto a atual diretora quanto o exdiretor,<br />
ao falarem <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>mocrática, ten<strong>de</strong>m a<br />
consi<strong>de</strong>rá-la, basicamente, um sinônimo <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong>. No dicionário, <strong>de</strong>mocracia é <strong>de</strong>finida<br />
como “governo do povo, sistema em que cada<br />
cidadão participa do governo”, influenciando no<br />
governo <strong>de</strong> um Estado (p. 83). Apesar <strong>de</strong> ser um<br />
tema que ouvimos em muitos discursos, ainda está<br />
pouco claro, na prática, o seu significado. Essa<br />
afirmativa é feita baseada nas seguintes colocações:<br />
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