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Completa - Universidade Estácio de Sá

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idéia geral e abstrata <strong>de</strong> educação.” Nesse sentido, buscamos sistematizar, no próximo item,<br />

diferentes perspectivas e práticas.<br />

2.2.3.1 Trilhas conceituais práticas e metodológicas<br />

No caso da Educação Ambiental Crítica, Carvalho (2004, p.20) <strong>de</strong>staca como uma<br />

<strong>de</strong> suas principais características, a formação voltada para as relações indivíduo-socieda<strong>de</strong>,<br />

[...] as pessoas se constituem em relação com o mundo em que vivem com os<br />

outros e pelo qual são responsáveis juntamente com os outros. [...] supõe a<br />

responsabilida<strong>de</strong> consigo próprio, com os outros e com o ambiente, sem<br />

dicotomizar estas dimensões da ação humana.<br />

A Educação Ambiental Crítica está, então, voltada para uma transformação da<br />

socieda<strong>de</strong> e formação <strong>de</strong> sujeitos sociais emancipados, rompendo com visões tecnicistas e<br />

repassadoras <strong>de</strong> conhecimento, compreen<strong>de</strong>ndo as relações socieda<strong>de</strong>-natureza e intervindo<br />

sobre problemas e conflitos ambientais, contribuindo para uma mudança <strong>de</strong> valores e atitu<strong>de</strong>s,<br />

formando um “sujeito ecológico”, conforme escreveu Carvalho (ibid., p.18), “tendo como<br />

horizonte uma ética preocupada com a justiça ambiental”, atuando nas <strong>de</strong>cisões individuais ou<br />

coletivas, <strong>de</strong> forma racional, levando em conta as perspectivas <strong>de</strong> futuro, estando<br />

responsabilizados consigo próprio, com os outros e com o ambiente. Pineau (1988, p. 74-75),<br />

ao explicar a ecoformação, aponta as relações que cada um tem com o ambiente ou os<br />

diferentes ambientes, com os quais o sujeito interage, ou como ele diz “uma concepção<br />

relacional e ecológica da pessoa, vendo-a como um suporte <strong>de</strong> relações em diferentes<br />

espaços”. E diz mais,<br />

Estes espaços, estas “conchas humanas”, encaixam-se uns nos outros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o mais próximo, o espaço corporal, ao mais afastado (aparentemente), o<br />

espaço metafísico, passando pelo espaço habitat, pelo espaço dos próximos<br />

(família, amigos), pelo espaço vizinhança, pelo espaço social e pelo espaço<br />

físico-cósmico (G.Pineau, Marie-Michèle, 1983, p. 241). A autoformação da<br />

pessoa é entendida como a construção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> relações pessoais<br />

com estes diferentes espaços e cria um meio pessoal (G. Lerbet), uma<br />

cosmologia singular (M. Finger, 1984), uma estrutura particular eu-mundo<br />

(J. Nuttin, 1965) ou uma unida<strong>de</strong> funcional Indivíduo-meio ambiente (Ibid.)<br />

Este olhar <strong>de</strong> Pineau sobre a importância do ambiente na formação da pessoa, do ser<br />

humano, po<strong>de</strong> ser visto nas características da Educação Ambiental Crítica, citadas por<br />

Carvalho (2004, p. 21). Ela consi<strong>de</strong>ra o ambiente como o “conjunto das inter-relações que se<br />

estabelecem entre o mundo social”, relações estas voltadas para a formação <strong>de</strong> uma cidadania<br />

ambiental. Para tanto, existe a mediação por saberes locais e tradicionais além dos saberes<br />

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