“Sustentabilida<strong>de</strong> significa futuro, para a espécie humana e para os negócios”. Observadas as tendências da EA no Brasil, po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar em quase todas, possuem eixos ou premissas comuns como a busca da ética, do respeito às realida<strong>de</strong>s locais, da dialética socieda<strong>de</strong>/natureza como unida<strong>de</strong> dinâmica e da crítica aos padrões <strong>de</strong> consumo instituídos pelo capitalismo. Vemos então, que não é difícil fugir da chamada EA convencional, on<strong>de</strong> se tem uma visão da educação <strong>de</strong>ntro da dimensão individual, relacionando raramente o eu com o mundo, nas suas múltiplas mediações sociais, na ação coletiva; <strong>de</strong>spolitizando a práxis educativa; ignorando que a especificida<strong>de</strong> humana é ao mesmo tempo biológica e social, reduzindo-a a um organismo biológico associal e a-histórico, cujo discurso é <strong>de</strong> que a humanida<strong>de</strong> é responsável pela <strong>de</strong>gradação planetária, porém, “numa fala sem concretu<strong>de</strong>, sem efeito prático para que ocorram mudanças nas relações sociais”, conforme apontou Loureiro (2004, p. 80). Morin (2006, p.76) indica que temos que “apren<strong>de</strong>r a estar aqui no planeta” e que isso significa “apren<strong>de</strong>r a ser, viver, dividir e comunicar como humanos do planeta Terra”, sendo que para tal aprendizado teremos que ter quatro tipos <strong>de</strong> consciência: antropológica – que reconhece a unida<strong>de</strong> na diversida<strong>de</strong>; ecológica – que é a consciência <strong>de</strong> habitar, com todos os seres mortais, a mesma esfera viva (biosfera), ou seja, a convivibilida<strong>de</strong> sobre a Terra; cívica terrena – que é a conscientização da “responsabilida<strong>de</strong> e da solidarieda<strong>de</strong> para com os filhos da Terra”; e a espiritual da condição humana – a mais complexa, “que nos permite, ao mesmo tempo, criticar-nos mutuamente e autocriticar-nos e compreen<strong>de</strong>r-nos mutuamente”. Para encerrar a discussão sobre a EA, vamos nos valer das reflexões <strong>de</strong> Guimarães (2004, p. 142) a respeito da formação <strong>de</strong> educadores ambientais que como vimos não precisam ser „especialistas‟. Guimarães nos lembra que o espaço <strong>de</strong> aprendizagem po<strong>de</strong> ser o não-formal, ou seja, não precisa acontecer necessariamente no espaço físico escolar e que o importante é o “ambiente educativo” que será construído “nas relações que se estabelecem no cotidiano escolar, entre escola e comunida<strong>de</strong>, entre comunida<strong>de</strong> e socieda<strong>de</strong>, entre seus atores”, o que ele aponta como o “movimento complexo das relações” (ibid., p. 142). A postura crítica do educador ambiental, segundo Guimarães (ibid.), fará com que ele não se esqueça que “a educação se dá na relação” e não só entre educador e educando, mas entre estes e o ambiente, <strong>de</strong>ntro das perspectivas locais e globais, <strong>de</strong>ntro da realida<strong>de</strong> em que vivem, <strong>de</strong>ntro dos limites impostos e sempre consciente <strong>de</strong> que “é o ambiente <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> sua práxis, <strong>de</strong> participação no processo <strong>de</strong> conscientização individual e coletivo”, rompendo 52
com a educação conservadora e com o pensamento hegemônico, ou ainda, com o reducionismo <strong>de</strong> certas práticas educativas que os afastariam da perspectiva crítica. 53
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ BEATRI
- Page 3: A474g Alves, Beatriz de Abreu Gest
- Page 6 and 7: AGRADECIMENTOS A minha orientadora,
- Page 8 and 9: RESUMO A presente dissertação obj
- Page 10 and 11: LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CEAM
- Page 12 and 13: 1 INTRODUÇÃO Trajetória da pesqu
- Page 14 and 15: forma, pretendemos, na presente pes
- Page 16 and 17: ásica comum, com conteúdos mínim
- Page 18 and 19: pluralidade, como pela controvérsi
- Page 20 and 21: interdisciplinaridade, buscando con
- Page 22 and 23: propõem, Os limites do crescimento
- Page 24 and 25: escolares de 1º e 2º graus, atuai
- Page 26 and 27: Secretaria Municipal de Meio Ambien
- Page 28 and 29: 2.2 Referencial Teórico: reflexõe
- Page 30 and 31: Libâneo, Oliveira e Toshi (2009, p
- Page 32 and 33: No caso da gestão escolar, para um
- Page 34 and 35: Qualidade da formação do trabalha
- Page 36 and 37: pudessem assumir suas responsabilid
- Page 38 and 39: pelos alunos e de membros da comuni
- Page 40 and 41: A democratização da gestão escol
- Page 42 and 43: funcionamento e a implantação de
- Page 44 and 45: transformação da sociedade, é a
- Page 46 and 47: científicos e os processos de apre
- Page 48 and 49: sociedade, numa visão também tecn
- Page 50 and 51: transdisciplinaridade, Morin explic
- Page 52 and 53: Na mesma perspectiva, porém com ou
- Page 56 and 57: 3 A PESQUISA: CAMINHOS TRILHADOS 3.
- Page 58 and 59: [adolescentes], funcionários e fun
- Page 60 and 61: O dia a dia dos gestores da UE most
- Page 62 and 63: professora justifica a superação
- Page 64 and 65: focalização das questões e a ide
- Page 66 and 67: 4 MERGULHO NO COTIDIANO DA E. M. FR
- Page 68 and 69: guiou esse momento. Os entrevistado
- Page 70 and 71: facilitaria a comparação entre as
- Page 72 and 73: Ambiental na Escola Municipal Frede
- Page 74 and 75: através de seu projeto, com regist
- Page 76 and 77: e do ambiente para a continuidade d
- Page 78 and 79: 5.5 Entrevistas com os professores
- Page 80 and 81: Quanto ao posicionamento da direç
- Page 82 and 83: Pro Português ela é muito importa
- Page 84 and 85: tema. Também apareceram abordagens
- Page 86 and 87: E antes a gente tinha mais autonomi
- Page 88 and 89: experiência que teve como diretor
- Page 90 and 91: Percebemos que na visão de ambos,
- Page 92 and 93: Então, interdisciplinar, as profes
- Page 94 and 95: [...] ele levava essa equipe às se
- Page 96 and 97: querendo enriquecer nossa pesquisa,
- Page 98 and 99: O que queremos dizer é que não é
- Page 100 and 101: débeis, fragilizados, perante a fo
- Page 102 and 103: CAROL, Ricard. O papel da escola em
- Page 104 and 105:
LOUREIRO, Carlos F. B. Educação A
- Page 106 and 107:
QUINTAS, José Silva (org.). Pensan
- Page 108 and 109:
ANEXOS 106
- Page 110 and 111:
DISCA (Diagnóstico SocioCulturalAm
- Page 112 and 113:
Afloramento Rochoso (2001): 0,55 %
- Page 114 and 115:
2o Grau (2000): 1.518 Superior (200
- Page 116 and 117:
Nascimentos segundo a Raça ou Cor
- Page 118 and 119:
QUADRO COM A ANÁLISE DAS ENTREVIST
- Page 120 and 121:
“[...] os que diziam melhor de mi
- Page 122 and 123:
“Eu acho que às vezes eu sou dem
- Page 124 and 125:
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO “Tr
- Page 126 and 127:
PLANEJAMENTOS / INTERDISCIPLINARIDA
- Page 128 and 129:
PROJETOS / PROJETOS COM A TEMÁTICA
- Page 130 and 131:
portinhola, aquela cerquinha de mad
- Page 132 and 133:
preservação da vegetação costei
- Page 134 and 135:
CATEGORIAS ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
- Page 136 and 137:
[...] Como regente participei do To
- Page 138 and 139:
exemplo, com eles, em matemática,
- Page 140 and 141:
Alguns chegaram a apontar a falta d
- Page 142 and 143:
PROJETOS todos os contextos, né, n
- Page 144 and 145:
TEMÁTICA AMBIENTAL começando a se
- Page 146 and 147:
Sim, tem bastante texto sobre o mei
- Page 148 and 149:
percebe mais o respeito à individu
- Page 150 and 151:
Agradecimentos pela colaboração (
- Page 152 and 153:
1. Formação: graduação, pós-gr
- Page 154:
DA E. M. FREDERICO TROTTA 29 - Nome