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Completa - Universidade Estácio de Sá

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transformar a escola, uma vonta<strong>de</strong> quase unânime dos atores <strong>de</strong>sta escola em questão, para o<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> uma educação que faça a diferença para os seus alunos.<br />

A “educação ambiental convencional” (LOUREIRO, 2004, p. 69), on<strong>de</strong> o eu quase<br />

nunca se relaciona com o mundo, e o humano é reduzido a um organismo biológico, associal<br />

e a-histórico, <strong>de</strong>veria ser sublimada por tantos olhares críticos, transformadores e<br />

emancipadores. Ou, <strong>de</strong> acordo com Guimarães (2004, p. 26), contraposta a uma “ação<br />

educativa que seja capaz <strong>de</strong> contribuir com a transformação <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> que,<br />

historicamente, se coloca em uma grave crise socioambiental. Percebemos que em algumas<br />

colocações dos professores e até dos gestores, a educação convencional mistura-se com as<br />

idéias da educação crítica, também no caso da EA.<br />

Mas, aproveitando o que argumenta Carvalho (2004, p.14), ten<strong>de</strong>mos a concordar que<br />

não se po<strong>de</strong> permitir que a EA vá se diluindo <strong>de</strong>ntro da educação, talvez até pela noção muitas<br />

vezes equivocada <strong>de</strong> interdisciplinarida<strong>de</strong>, sob o argumento <strong>de</strong> que “toda educação é<br />

ambiental”, limitando-a a ativida<strong>de</strong>s corriqueiras <strong>de</strong> leitura, pesquisa, cartazes, entre outras,<br />

que levam, muitas vezes, com que ela perca o foco, a importância. Carvalho (ibid., p. 17)<br />

escolheu as seguintes palavras, que agora trazemos para nos auxiliar, “por mais que se<br />

argumente que a idéia <strong>de</strong> educação inclua a educação ambiental, dificilmente se po<strong>de</strong>rá<br />

reduzir toda a diversida<strong>de</strong> dos projetos educativos a uma só idéia geral e abstrata <strong>de</strong><br />

educação”.<br />

Pesamos e pon<strong>de</strong>ramos. Algo aponta para as relações entre as diversas esferas por<br />

on<strong>de</strong> a educação traça seu caminho. Afastamo-nos, para <strong>de</strong> longe observarmos esse caminhar.<br />

Isto foi muito importante. Nada, nem ninguém, existem sem o seu contexto. Cada um tem a<br />

sua história, as suas influências, as suas referências. E a educação reproduz toda essa gama <strong>de</strong><br />

interferências. É possível separar o joio do trigo? É possível separar educação do momento<br />

político? É possível trabalhar a temática ambiental <strong>de</strong>ntro da escola hoje – numa visão <strong>de</strong><br />

sustentabilida<strong>de</strong>, em que queremos <strong>de</strong>ixar o mundo, para a geração futura com a mesma<br />

qualida<strong>de</strong> que encontramos e usamos –, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto neoliberal, globalizado e<br />

consumista? Po<strong>de</strong>mos fazer <strong>de</strong>stas questões, focos <strong>de</strong> novas investigações.<br />

Pensando nesse contexto, achamos que a <strong>de</strong>scentralização da educação, a busca da<br />

autonomia das escolas e a gestão <strong>de</strong>mocrática ainda têm muito para <strong>de</strong>senvolver e frutificar.<br />

Em documentos oficiais, como a Constituição Fe<strong>de</strong>ral (1988), a LDB/96, os PCN,<br />

encontramos o tema meio ambiente com <strong>de</strong>staque, assim como o „local‟ é priorizado, sem é<br />

claro, per<strong>de</strong>r a dimensão nacional, mas tanto um quanto o outro se tornam aparentemente<br />

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