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Completa - Universidade Estácio de Sá

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A escola, ao imprimir em seu cotidiano, por meio das práticas pedagógicas,<br />

das políticas educacionais e das estruturas curriculares, a lógica da<br />

fragmentação, da individualização atomística <strong>de</strong> professores e alunos,<br />

<strong>de</strong>scontextualizada e não-questionadora, dificulta o estabelecimento <strong>de</strong><br />

nexos e uma compreensão mais complexa da problemática ambiental.<br />

Reproduz-se na escola, como reflexo da socieda<strong>de</strong>, o que Morin <strong>de</strong>nomina<br />

<strong>de</strong> “paradigma da disjunção” (ibid.).<br />

Ou ainda, na perspectiva crítica, que é um movimento que está em construção, que<br />

ainda não é predominante no sistema e que busca “transformar o cotidiano escolar” (ibid.).<br />

Nesse caminhar crítico, todos os atores envolvidos no processo <strong>de</strong>vem sentir-se capazes não<br />

só <strong>de</strong> apontar as questões, mas também <strong>de</strong> se colocarem como interventores, assumindo “uma<br />

perspectiva transformadora, política, do processo educativo e, conseqüentemente, formadora<br />

<strong>de</strong> cidadãos ativos” (ibid.).<br />

Se existe uma escola que se <strong>de</strong>staca como uma “escola que faz educação ambiental”,<br />

parafraseando Lima (2007, p. 1), por que outras não o conseguem, apesar das recomendações,<br />

orientações e propostas geradas pelo governo fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal? Procuramos<br />

então, neste trabalho, conhecer a história e a dinâmica <strong>de</strong> uma escola municipal do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, consi<strong>de</strong>rada, pelo órgão central do sistema, como referência no campo da educação<br />

ambiental (EA). Como os gestores e professores <strong>de</strong>sta escola se posicionam e <strong>de</strong>senvolvem<br />

seu trabalho? Quais as concepções <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> meio ambiente e <strong>de</strong> educação<br />

ambiental que norteiam esse trabalho? Essas questões instigaram o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

presente pesquisa.<br />

Para trilharmos este caminho, amparados pela visão <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa,<br />

fomos a campo, esmiuçamos o dia a dia da escola, vasculhamos seus documentos e<br />

interagimos com os professores e gestores. Procuramos, numa farta bibliografia, autores que<br />

nos guiassem e nos fizessem compreen<strong>de</strong>r toda a riqueza educativa que uma escola possui.<br />

O presente trabalho está dividido em capítulos seqüenciais, que penetram na temática<br />

pouco a pouco, <strong>de</strong> forma que consigamos alinhavar as idéias que po<strong>de</strong>rão nos levar aos<br />

objetivos <strong>de</strong>sejados. Após esta introdução, segue-se o capítulo referente à legislação e ao<br />

referencial teórico. Nele discutimos tanto as leis relativas à educação em si, quanto a que se<br />

refere à EA, não esquecendo é claro, <strong>de</strong> fazer as <strong>de</strong>vidas pontes entre esta e os gran<strong>de</strong>s<br />

eventos mundiais, responsáveis por <strong>de</strong>spertar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um fazer ambiental, servindo<br />

<strong>de</strong> amparo às questões levantadas durante o trabalho <strong>de</strong> campo e a análise dos dados obtidos.<br />

Quanto ao referencial teórico, discutiremos os nossos principais eixos norteadores, que são a<br />

gestão e a EA, além da <strong>de</strong>scentralização da educação, da autonomia escolar e da<br />

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