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Completa - Universidade Estácio de Sá

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socieda<strong>de</strong>, numa visão também tecnicista, conforme já apontada por outros autores. Este<br />

ponto <strong>de</strong> vista é explicado por Morin (2009, p.69) quando ele diz que<br />

Religar e problematizar caminham juntos. Se eu fosse professor, tentaria<br />

religar as questões a partir do ser humano, mostrando-o em seus aspectos<br />

biológicos, psicológicos, sociais. Desse modo, po<strong>de</strong>ria chegar às disciplinas,<br />

mantendo nelas a relação humana e, assim, atingir a unida<strong>de</strong> complexa do<br />

homem.<br />

Como afirma Morin (ibid., p. 70), mais adiante em seu trabalho, “a coerência do<br />

pensamento complexo contém a diversida<strong>de</strong> e também permite compreendê-la” e que da<br />

mesma forma, “a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser pensada e fundamentada sobre a coerência e a<br />

compreensão.”<br />

Po<strong>de</strong>mos nos reportar a outro trabalho em que Morin (ibid., p.50) cita “a condição<br />

terrestre”, que da mesma forma que Pineau (1988, p.74-75), <strong>de</strong>staca a relação do homem com<br />

o cosmo, sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> que nosso planeta não passa <strong>de</strong> um astro insignificante,<br />

pertencente a uma galáxia periférica, ou como ele diz “<strong>de</strong>vemos assumir as conseqüências da<br />

situação marginal, periférica que é a nossa”, on<strong>de</strong> corremos em todo momento, o risco <strong>de</strong><br />

extinção e que, “como seres vivos <strong>de</strong>ste planeta, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mos vitalmente da biosfera terrestre;<br />

<strong>de</strong>vemos reconhecer nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> terrena física e biológica”.<br />

Guimarães (2004, p. 28) sinaliza que a Educação Ambiental Crítica tem como um <strong>de</strong><br />

seus pilares a Teoria Crítica 12 com gran<strong>de</strong> influência marxista, e que <strong>de</strong>sta forma o espaço<br />

socioambiental seria resultado da “interação entre local e global, entre a luta <strong>de</strong> classes, entre<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e sub<strong>de</strong>senvolvimento”. Dessa forma, a Educação Ambiental Crítica,<br />

associa-se à realida<strong>de</strong> social e vai além da mera transmissão do conhecimento.<br />

Assim sendo, Guimarães (Ibid., p. 32) aponta como alguns dos resultados da<br />

Educação Ambiental Crítica, o fato <strong>de</strong> que ela<br />

[...] promove a percepção que o processo educativo não se restringe ao<br />

aprendizado individualizado dos conteúdos escolares, mas na relação do um<br />

com o outro, do um com o mundo, afirmando que a educação se dá na<br />

relação. Estimula a auto-estima dos educandos/educadores e a confiança na<br />

potencialida<strong>de</strong> transformadora da ação pedagógica articulada a um<br />

movimento conjunto. Possibilita o processo pedagógico transitar das ciências<br />

naturais às ciências humanas e sociais, da filosofia à religião, da arte ao<br />

saber popular, em busca da articulação dos diferentes saberes.<br />

Em outro trabalho Guimarães (2004, p. 12) aponta para o conhecimento produzido<br />

12<br />

Teoria cujo ponto <strong>de</strong> partida é o marxismo. Suas idéias influenciaram Paulo Freire, entre outros, segundo<br />

Henry Giroux, é uma pré-condição para a emancipação humana, não necessariamente uma revolução operária<br />

como propunha Marx. Ela enfatiza que os currículos e os textos escolares, <strong>de</strong> forma geral, <strong>de</strong>vem abranger os<br />

contextos sociais e culturais.Para maiores esclarecimentos indicamos Kon<strong>de</strong>r (2006, p.12-23) e Demo (2001, p.<br />

180-181).<br />

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