Completa - Universidade Estácio de Sá
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ENVOLVIMENTO COM O<br />
PEDAGÓGICO<br />
Percebemos que em ambos a visão quanto ao seu<br />
envolvimento com o pedagógico teve um <strong>de</strong>staque,<br />
ou melhor, foi dada bastante importância. No caso<br />
da atual diretora, percebemos uma preocupação com<br />
os compromissos administrativos, aparentemente<br />
prioritários, que julgava culpados por afastá-la do<br />
fazer pedagógico da escola:<br />
“[...] eu já fui coor<strong>de</strong>nadora, então embora eu<br />
esteja muito... com o administrativo da escola –<br />
quase toda a parte administrativa sou eu que faço –<br />
eu não consigo me <strong>de</strong>svencilhar do pedagógico e eu<br />
estou sempre junto, fazendo as coisas,o que acaba<br />
me sobrecarregando um pouco porque ninguém<br />
divi<strong>de</strong> <strong>de</strong>pois, comigo, o administrativo. Então às<br />
vezes eu fico meio sobrecarregada e meio<br />
cansadinha. Mas a priorida<strong>de</strong> da escola é o<br />
pedagógico, então me sentiria muito mal <strong>de</strong> estar<br />
acontecendo alguma coisa pedagógica na escola e<br />
eu não estar participando, até por conta <strong>de</strong> questões<br />
administrativas. E às vezes isto acontece, da [nome<br />
da diretora adjunta] e da [nome da Coor<strong>de</strong>nadora<br />
Pedagógica] tomarem a frente <strong>de</strong> uma apresentação<br />
ou <strong>de</strong> um evento porque é uma fase que eu estou<br />
com prestação <strong>de</strong> contas ou alguma coisa assim e<br />
eu não posso me envolver tanto. É ruim, porque eu<br />
gosto <strong>de</strong> estar a frente das coisas, sou meio... eu sou<br />
meio centralizadora também. Me sinto mal quando<br />
eu não estou no controle (muitos risos). [...] O<br />
administrativo me toma bastante tempo.” (Atual<br />
diretora)<br />
Quanto ao ex-diretor, ten<strong>de</strong>mos a concluir que sua<br />
postura era um pouco diferente e que procurava<br />
priorizar o pedagógico, por assim dizer:<br />
“[...] nós colocávamos que era uma escola atípica,<br />
e tentamos dirigi-la como atípica, e <strong>de</strong>u certo. Em<br />
1995 ela apresentava um índice <strong>de</strong> reprovação <strong>de</strong><br />
42%. Sem levar em conta as portarias que obrigam<br />
o professor a passar o aluno, mesmo sem ele saber,<br />
a escola passou a apresentar um índice <strong>de</strong><br />
reprovação <strong>de</strong> 4% em dois anos e os professores<br />
tinham autonomia para reprovar. Reprovar, eu<br />
reconheço, é um termo antipático no meio<br />
educacional, no meio dos burocratas da educação.<br />
Reprovar faz bem, reprovar existe. E aprovar, é<br />
preciso que o aluno faça por on<strong>de</strong> ser... conquistar<br />
a aprovação.” (Ex-diretor)<br />
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