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Completa - Universidade Estácio de Sá

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No caso da gestão escolar, para um diretor tornar-se um gestor, Priolli (2008) em seu<br />

trabalho, recomenda que ele tenha um papel conciliador, dando “conta <strong>de</strong> diferentes<br />

“gestões”: do espaço, dos recursos financeiros, <strong>de</strong> questões legais, da interação com a<br />

comunida<strong>de</strong> e do entorno e com a Secretaria <strong>de</strong> Educação e das relações interpessoais” e,<br />

completa, “ele não <strong>de</strong>verá esquecer que o objetivo maior sempre será a aprendizagem dos<br />

alunos”.<br />

Lück (2000, p. 15) indica o emergir <strong>de</strong> um novo paradigma, que se <strong>de</strong>senvolve sobre a<br />

educação, a escola e a sua gestão, marcado “por uma mudança <strong>de</strong> consciência a respeito da<br />

realida<strong>de</strong> e da relação das pessoas com a mesma, [...] associada à substituição do enfoque <strong>de</strong><br />

administração, pelo <strong>de</strong> gestão”, e que “sua prática é promotora <strong>de</strong> transformações <strong>de</strong> relações<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.”<br />

Assim, quando interligamos o conceito <strong>de</strong> gestão com o papel <strong>de</strong> um gestor escolar,<br />

percebemos que realmente ele transcen<strong>de</strong> às funções administrativas e gerenciais, porque o<br />

produto final que é a educação, a formação do aluno, não permite mensurações quantitativas,<br />

ou estaremos apenas nos referindo às estatísticas, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado a qualida<strong>de</strong> do ensino, que<br />

é o objetivo do educador.<br />

Em um <strong>de</strong> seus livros, Gadotti (2004, p. 35) esclarece que “como o termo “autonomia”<br />

se presta a várias interpretações”, sendo assim muito criticado por alguns educadores por<br />

prestar-se à <strong>de</strong>sobrigação do Estado em relação à educação, ele prefere, a fim <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />

melhor a organização do trabalho na escola, pressupor “o fato <strong>de</strong> que hoje uma das formas<br />

fundamentais <strong>de</strong> exercício da opressão é a divisão social do trabalho entre dirigentes e<br />

executantes que se reflete diretamente na administração do ensino: uns poucos, fora da escola,<br />

<strong>de</strong>têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e o controle, enquanto todos os <strong>de</strong>mais simplesmente executam<br />

tarefas cujo sentido lhes escapa.”<br />

Por trás do medo da autonomia das escolas está a idéia <strong>de</strong> que isto possa levar à<br />

privatização e à <strong>de</strong>sobrigação do Estado em “oferecer uma escola pública, gratuita e <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> para todos (Ibid, p. 37)” ou ainda, que essa autonomia leve<br />

[...] à pulverização, à dispersão e à preservação do localismo que dificulta<br />

ações reformistas ou revolucionárias mais profundas. [...] A heterogeneida<strong>de</strong><br />

não po<strong>de</strong> ser controlada. Mas essa objeção, sustentada por uma concepção<br />

centralizadora da educação, é cada vez menos freqüente, na medida em que<br />

o pluralismo é <strong>de</strong>fendido como valor universal e fundamental para o<br />

exercício da cidadania.<br />

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