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universidade do estado do amazonas fundação getulio vargas

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novamente. Por mais que não gostemos de receber feedback negativo, clientes que<br />

reclamam estão nos presentean<strong>do</strong>. Møller e Barlow (1996), alertam para o fato de<br />

que os clientes insatisfeitos podem manifestar ou não sua insatisfação. No primeiro<br />

caso, dizem algo; no segun<strong>do</strong> vão embora. Os que vão embora estão tiran<strong>do</strong> das<br />

empresas quaisquer oportunidades de reparar a insatisfação.<br />

Os que reclamam, porém, ao conversarem com os funcionários da organização<br />

com a qual estão insatisfeitos, oferecem a ela a oportunidade de reverter a situação<br />

indesejável, o que possibilita o aumento da probabilidade de novos negócios. Daí<br />

afirmarem que a reclamação <strong>do</strong> cliente é um presente. Esse ponto de vista de Møller<br />

e Barlow deve ser examina<strong>do</strong> detidamente, já que estimula os clientes a se<br />

manifestarem, mesmo que negativamente.<br />

Embora se concorde que as reclamações possam ser uma grande fonte de<br />

manifestação da insatisfação <strong>do</strong>s clientes, cabem algumas críticas a essa teoria,<br />

principalmente no que se referem ao merca<strong>do</strong> brasileiro, em que os clientes,<br />

acostuma<strong>do</strong>s às impunidades e, por conseguinte, desacredita<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sistema ou por<br />

pura preguiça, não costumam se manifestar. Para que a reclamação aparecesse,<br />

neste caso, haveria, talvez, que fazer uma campanha publicitária estimulan<strong>do</strong> os<br />

insatisfeitos a se manifestarem. Por outro la<strong>do</strong>, haveria que preparar o pessoal das<br />

organizações a aceitar a reclamação de fato como um presente e saber fazer uso<br />

dela.<br />

Há também o caso das organizações que fazem avaliações regulares da<br />

satisfação de seus clientes, mas pouco, ou quase nada fazem para corrigir os pontos<br />

negativos aponta<strong>do</strong>s pelos méto<strong>do</strong>s de avaliação. Como afirmam Benevello e<br />

Dantas (1999, p.598), referin<strong>do</strong>-se ao pessoal de marketing das organizações <strong>do</strong><br />

extinto Sistema Telebrás, quan<strong>do</strong> implantou nelas méto<strong>do</strong>s de avaliação da<br />

satisfação <strong>do</strong>s clientes, num momento em que ainda prevalecia uma cultura<br />

tipicamente de engenharia:<br />

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