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Jornalismo científico & desenvolvimento regional - Observatório da ...

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144 | <strong>Jornalismo</strong> Científico & Desenvolvimento Regional<br />

tribuí<strong>da</strong>s em vários pontos comerciais no país. A forte característica<br />

dominante <strong>da</strong>s ciências naturais e exatas em detrimento <strong>da</strong>s ciências<br />

sociais humanas é bastante visível quando se trata do trabalho voltado,<br />

nessas revistas, para o jornalismo científico.<br />

Para Nuzzi e Barros Filho (1998), o trabalho desenvolvido pela mídia<br />

é cercado de reforços para garantir a supremacia do pensamento<br />

majoritário e por isso afirma que,<br />

“A mídia, (...), tem papel central na maior ou menor probabili<strong>da</strong>de<br />

que tem um agente social de tomar posição sobre um tema <strong>da</strong>do,<br />

porque impõe a opinião majoritária, impõe a tendência de deslocamento<br />

<strong>da</strong> opinião majoritária e, portanto, oferece ao receptor<br />

o referencial para que este avalie o risco social de uma toma<strong>da</strong><br />

de posição marginal”.<br />

O fato é que esses periódicos mensais estão apenas funcionando<br />

com uma lógica mercantilista, esquecendo-se de que o jornalismo<br />

tem uma outra função social. Esse modelo mercadológico do jornalismo<br />

está sendo questionado há bastante tempo pelas universi<strong>da</strong>des. E<br />

no campo do jornalismo científico várias propostas surgem como que<br />

para solucionar o grande problema causado por essas revistas especializa<strong>da</strong>s,<br />

quando o assunto na pauta é a Ciência.<br />

Pena (2005) defende a idéia de que as universi<strong>da</strong>des se estruturem<br />

com os instrumentos comunicacionais necessários e passe a protagonizar<br />

o papel de divulgadora científica. O autor apenas critica com<br />

bastante ênfase o modo como a Ciência ain<strong>da</strong> é trabalha<strong>da</strong> na comunicação<br />

acadêmica. A escolha de uma re<strong>da</strong>ção com texto científico<br />

baseado numa linguagem ári<strong>da</strong>, nas normas rígi<strong>da</strong>s de padronização,<br />

faz com que se corra um grande risco na comunicação. Resta ain<strong>da</strong> um<br />

detalhe: que o jornalismo científico nas universi<strong>da</strong>des não seja executado<br />

com base nas idéias de mercado 5 .<br />

Para os estudiosos do jornalismo científico a superficiali<strong>da</strong>de com<br />

5 “(...) Devemos ter sempre em mente, na análise <strong>da</strong> infini<strong>da</strong>de de problemas ligados<br />

à comunicação de massa, que os meios de informação e diversão, perdi<strong>da</strong> a aura que<br />

os elevava acima do complexo econômico <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, convertidos em comércio e<br />

indústria de gigantescas proporções, se norteiam pelos mesmos princípios que regem<br />

as grandes empresas em outros setores, utilizam os mesmos procedimentos que estas<br />

adotam e visam sempre, em última análise, o aumento do consumo e de lucros”.<br />

(Pfromm Netto, 1972:16)

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