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Jornalismo científico & desenvolvimento regional - Observatório da ...

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86 | <strong>Jornalismo</strong> Científico & Desenvolvimento Regional<br />

dizer historiográfico para a História <strong>da</strong> Ciência.<br />

Uma novi<strong>da</strong>de que O Progresso institui e que consideramos, aqui,<br />

como divulgação científica é a resenha bibliográfica (p.499-506). A primeira<br />

delas trata de uma análise de “Elementos de Economia Política”<br />

do Dr. Pedro Autran <strong>da</strong> Matta e Albuquerque, de 1844, aquele mesmo<br />

autor com quem, um ano antes, Figueiredo polemizara sobre o socialismo.<br />

A segun<strong>da</strong> resenha é sobre o livro do General José Ignácio<br />

de Abreu e Lima “Synopsis ou deducção chronologica dos fatos mais<br />

notáveis <strong>da</strong> história do Brasil, pelo general..” (a resenha é do próprio<br />

Abreu e Lima, segundo o índice, p.770)” <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> de 1845. A primeira é<br />

assina<strong>da</strong> por A. (Antônio [P. de Figueiredo]?) e, é evidente, a crítica é<br />

pesa<strong>da</strong> contra a economia clássica do “(...) laissez faire, laissez passer,<br />

que reconhece por patriarchas A<strong>da</strong>m Smith e J. B. Say (...) cujas diversas<br />

ramificações, mais ou menos ortodoxas, ain<strong>da</strong> lhe defendem obstina<strong>da</strong>s<br />

a doutrina incoerente e simplistas soluções contras as vitoriosas<br />

teorias <strong>da</strong> economia social” (p. 499).<br />

Além destas, foram resenha<strong>da</strong>s as obras “O Diccionario Geographico<br />

e Histórico do Brasil”, de Milliet de St. Adolfo (‘pelo mesmo’);<br />

“Estatística Pernambucana”, do Dr. F. de Mello (‘pelo mesmo’); “O Livro<br />

do Povo”, de Lamenais (‘pelo mesmo’).<br />

A “Revista Scientifica” (p.567-576) volta no dia 3 de maio de 1847,<br />

noticiando um experimento terrível, a de um voar num balão de hidrogênio<br />

que explodiu matando os dois cientistas, os Irmão Montgolfier.<br />

No entanto, o texto que mais representa a divulgação científica vem<br />

do relatório <strong>da</strong> Academia de Medicina de Paris, que o autor <strong>da</strong> Revista,<br />

M. de M. traduz. Tópico por tópico a “Revista” relata os pareceres no<br />

combate à peste, ocupando três páginas do artigo.Mal saberiam seus<br />

leitores que, menos de uma déca<strong>da</strong>, seriam quase todos dizimados<br />

pela febre amarela e depois pela cólera, num Recife quente e propício<br />

ao criatório do vibrião.<br />

O Tomo III de O Progresso vem à lume em 1847, iniciando a parte<br />

cientifica agora sem o título de “Revista Scientífica”, com o artigo<br />

(fragmento do Cosmos) (sic) Os Terremotos” <strong>da</strong> autoria de Humboldt,<br />

<strong>da</strong> página 779 a 790, onde discorre todo o processo físico-químico e<br />

geológico destes eventos naturais e sua expansão pelo mundo.<br />

Não se sabe bem porque o Progresso não foi à frente. Sabe-se, no<br />

entanto, que o clima de Pernambuco, à época, era tão explosivo que

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