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Jornalismo científico & desenvolvimento regional - Observatório da ...

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<strong>Jornalismo</strong> Científico & Desenvolvimeno Regional | 391<br />

ciência e tecnologia pelos meios de comunicação de massa de acordo<br />

com os critérios e o sistema de produção jornalístico”.<br />

Sob o mesmo ponto de vista Bertolli Filho (2006) condiciona<br />

o entendimento sobre o jornalismo científico, as características<br />

presentes no cotidiano do jornalismo propriamente dito, tais como;<br />

o contato com as fontes, a obtenção e checagem de informações, a<br />

formatação do texto noticioso. Tais elementos delimitam o jornalismo<br />

científico como:<br />

Um produto elaborado pela mídia a partir de certas regras rotineiras<br />

do jornalismo em geral, que trata de temas complexos de<br />

ciência e tecnologia e que se apresenta, no plano lingüístico, por<br />

uma operação que torna fluí<strong>da</strong> a leitura e o entendimento do texto<br />

noticioso por parte de um público não especializado. (BERTOLLI<br />

FILHO. 2006, p. 3)<br />

No Brasil, o surgimento do jornalismo científico foi influenciado<br />

pelo atraso econômico do país, graças a resquícios e frutos <strong>da</strong> colonização<br />

imposta por Portugal, que geraram lacunas incipientes quanto<br />

à produção científica brasileira, inibindo a divulgação <strong>da</strong> mesma para<br />

a socie<strong>da</strong>de.<br />

Os anos 80 marcaram um período de crescimento <strong>da</strong> produção de<br />

jornalismo científico no cenário brasileiro, em virtude <strong>da</strong> emergência<br />

de revistas, programas de televisão e editoras especializa<strong>da</strong>s.<br />

Oliveira (2005) ressalta que na déca<strong>da</strong> de 90 foram projeta<strong>da</strong>s<br />

no cenário nacional, revistas como Globo Ciência e Superinteressante:<br />

“Além disso, surgiram programas de televisão como o Globo<br />

Ciência (TV Globo) e Estação Ciência (<strong>da</strong> antiga TV Manchete), e já<br />

eram freqüentes as manchetes sobre C&T também nos noticiários televisivos<br />

do dia-a-dia” (OLIVEIRA. 2005, p.38)<br />

Aos poucos nos anos seguintes a déca<strong>da</strong> de 90, alguns jornais<br />

gra<strong>da</strong>tivamente deram mais espaço para a produção jornalística nas<br />

áreas científica e tecnológica. Cavalcanti (2003) destaca que a partir<br />

dessa déca<strong>da</strong>, jornais de grande repercussão nacional, como o Globo<br />

e o Jornal do Brasil – ambos do Estado do Rio de Janeiro passaram a<br />

veicular uma página diária de matérias de cunho científico.<br />

Nos últimos anos, a categoria jornalismo científico vem gradualmente<br />

se disseminando e se profissionalizando no Brasil, graças ao

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