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Jornalismo científico & desenvolvimento regional - Observatório da ...

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<strong>Jornalismo</strong> Científico & Desenvolvimeno Regional | 243<br />

liga<strong>da</strong>s à área de comunicação no Centro eram pontuais e isola<strong>da</strong>s.<br />

Não existia nenhuma diretriz institucional que as conduzisse, ou seja,<br />

a área não era institucionaliza<strong>da</strong> formalmente. As iniciativas existentes,<br />

como a criação e elaboração de um jornal ou a organização de<br />

uma exposição, estavam liga<strong>da</strong>s diretamente às ações <strong>da</strong> direção ou<br />

do antigo Núcleo de Informação Científica e Comunicação (Nicc) 4 ,<br />

cujas atribuições eram assessorar a direção com relação à comunicação<br />

científica e social.<br />

O fato de não haver consciência dos benefícios que o investimento<br />

na área poderiam proporcionar para uma instituição como o CPqAM<br />

e de a Fiocruz não ter trabalhado, como vem fazendo desde 2001, na<br />

conscientização de seus dirigentes e no reconhecimento <strong>da</strong> comunicação<br />

social como área estratégica essencial aos trabalhos <strong>da</strong> instituição,<br />

podem ter contribuído para que essa visão perdurasse durante tanto<br />

tempo e para que, na uni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Fiocruz em Pernambuco, não tenha<br />

se desenvolvido uma cultura de comunicação. Essa impressão fica<br />

mais clara quando, durante a realização <strong>da</strong>s entrevistas, os participantes,<br />

em sua maioria, citam que, depois <strong>da</strong> criação <strong>da</strong> Ascom/CPqAM,<br />

a comunicação no Centro e a circulação <strong>da</strong> informação melhoraram.<br />

No entanto, é reincidente a afirmação de que, mesmo com 58 anos<br />

de existência (na época de realização <strong>da</strong>s entrevistas 56), a instituição<br />

ain<strong>da</strong> não é reconheci<strong>da</strong> pela população como uma instituição de pesquisa,<br />

nem como uma uni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Fiocruz em Pernambuco.<br />

Por estar situa<strong>da</strong> no campus <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal de Pernambuco<br />

(UFPE), mesmo não fazendo parte <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de, o CPqAM é<br />

visto como um “departamento” <strong>da</strong> UFPE, principalmente porque abriga<br />

o Laboratório de Imunopatologia Keiso Azami (Lika) 5 , <strong>da</strong> instituição<br />

de ensino. Muitos citam que, ain<strong>da</strong> hoje, ao afirmar que trabalham<br />

no “Aggeu Magalhães” precisam explicar que o centro está ligado ao<br />

4 Em 2000, o Nicc era responsável pela área de informática, biblioteca, <strong>desenvolvimento</strong><br />

de pesquisas na área de informação e saúde e contava com dois estagiários<br />

de comunicação. O projeto de reestruturação núcleo, <strong>da</strong>tado de fevereiro do mesmo<br />

ano, mostra que pela primeira vez no Centro foi proposta a criação de um setor de<br />

“Comunicação e Multimeios”. Entretanto ela nunca foi posta em prática pela gestão<br />

<strong>da</strong> instituição.<br />

5 Quando foi fun<strong>da</strong>do em 1950, o CPqAM ficava no bairro do Espinheiro, no Recife.<br />

Entretanto, em 1986, por um acordo de como<strong>da</strong>to com a UFPE, a instituição foi transferi<strong>da</strong><br />

para o campus <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de. Como contraparti<strong>da</strong>, passou a abrigar o Lika.

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