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Jornalismo científico & desenvolvimento regional - Observatório da ...

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<strong>Jornalismo</strong> Científico & Desenvolvimeno Regional | 33<br />

No decorrer do discurso, os ratos criticam a experiência e até riem<br />

de forma zombadora <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> foto de Paris e ain<strong>da</strong> se faz presente<br />

a intertextuali<strong>da</strong>de ao ser feita referência a outra personagem<br />

consagra<strong>da</strong> do mundo dos desenhos, também representante <strong>da</strong> espécie<br />

dos ratos, a Minie, nas estórias infantis namora<strong>da</strong> do Mickey, um<br />

dos ícones <strong>da</strong> empresa Walt Disney de desenhos animados. Na alusão<br />

à Minie (pela<strong>da</strong>), percebe-se a crítica à lógica utiliza<strong>da</strong> pelos cientistas<br />

de acreditar ser desenvolvi<strong>da</strong> alguma correlação entre os ratos de<br />

sexo masculino e a foto de Paris (um espécime humano feminino).<br />

Também é estabeleci<strong>da</strong> relação intertextual ao ser feita menção<br />

a outros personagens famosos pertencentes à empresa Warner Bros,<br />

que representam especificamente ratos de laboratório: Pink e Cérebro,<br />

com o famoso jargão: “iremos dominar o mundo!”.<br />

Por fim é feita uma crítica mor<strong>da</strong>z à personali<strong>da</strong>de Paris Hilton,<br />

quando uma <strong>da</strong>s personagens chega à conclusão de que a experiência<br />

conseguiu uma grande descoberta: a de que “Paris Hilton serve pra<br />

alguma coisa”.<br />

Percebe-se, assim, como, através de sua mensagem crítica, a charge<br />

comunicou um fato científico de forma abrangente pelas redes<br />

telemáticas e com uma linguagem acessível, de fácil percepção por<br />

parte do público receptor, pois, além de utilizar recursos lingüísticos e<br />

semióticos, estabelece relações intertextuais que permitem a associação<br />

com contextos paralelos, facilitando a decodificação e absorção<br />

<strong>da</strong> informação central.<br />

A segun<strong>da</strong> peça toma<strong>da</strong> trata de uma experiência realiza<strong>da</strong> por<br />

uma equipe de pesquisadores <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo – USP<br />

que obteve um bezerro numa experiência que tinha por objetivo clonar<br />

uma vaca. O nascimento de um macho, facilitado através de uma<br />

cesariana, acabou por pôr em dúvi<strong>da</strong> dois anos de investigações <strong>da</strong><br />

USP. O cientista não rejeita a possibili<strong>da</strong>de de a vaca ter sido insemina<strong>da</strong><br />

por um touro antes de lhe ser implantado o embrião clonado.<br />

A charge inicia seu discurso também apresentando informações<br />

gerais sobre o fato científico e tecnológico, a fim de situar o receptor<br />

sobre o contexto social e científico que está sendo tomado como base<br />

<strong>da</strong> mensagem e <strong>da</strong> crítica que será desenvolvi<strong>da</strong>.<br />

As duas primeiras personagens que se apresentam na peça fazem<br />

referência, semioticamente a cientistas com suas vestes tradicionais

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