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Jornalismo científico & desenvolvimento regional - Observatório da ...

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<strong>Jornalismo</strong> Científico & Desenvolvimeno Regional | 409<br />

teressam por revistas científicas devido à linguagem formal e rebusca<strong>da</strong><br />

que dificulta a compreensão. Em relação aos jornais, o jovem<br />

os procura por que além de possuírem uma linguagem simples, ele<br />

adquire novas informações que precisam ser interpreta<strong>da</strong>s, gerar modificações<br />

no seu modo de pensar ou de agir em relação à temática<br />

abor<strong>da</strong><strong>da</strong>. Os <strong>da</strong>dos obtidos com essa questão confirmam a opinião<br />

de Eliane Porto Di Nucci. Procurando o motivo <strong>da</strong> leitura dos jovens,<br />

foi perguntado: Com qual objetivo você lê jornais ou revistas?Os resultados<br />

apontam foram “para ficar atualizado(a) nos assuntos locais, do<br />

Brasil e do mundo” com 40% , seguido de 34% que responderam “para<br />

adquirir conhecimento”.<br />

Ao perguntar sobre se os assuntos que tratam de ciência e tecnologia<br />

são suficientes nos jornais e revistas que o entrevistado costuma<br />

ler, 62% responderam que não, contra 15% que responderam que sim.<br />

14% alegaram não saber e 9% não opinaram. Os que responderam SIM<br />

justificaram que quase to<strong>da</strong>s as matérias buscam alguma relação com<br />

explicações científicas, os temas são abor<strong>da</strong>dos de forma ampla e que<br />

a maioria são matérias interessantes e liga<strong>da</strong>s aos assuntos atuais.<br />

Já os que responderam NÃO, justificaram que os assuntos são pouco<br />

destacados, não são aplicados com freqüência, são muito resumidos e<br />

pouco estimulados.<br />

A professora de Fun<strong>da</strong>mentos de Filosofia e Metodologia <strong>da</strong> Ciência,<br />

Luzia Marta Bellini, <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de Estadual de Maringá (UEM),<br />

no Paraná, dirigente do projeto “Café com Ciência”, diz que “a mídia<br />

carrega uma parcela de culpa no analfabetismo científico, ao veicular<br />

erroneamente conceitos científicos. Muitas vezes, as informações<br />

que são transmiti<strong>da</strong>s à socie<strong>da</strong>de são manipula<strong>da</strong>s ou omiti<strong>da</strong>s, o que<br />

serviria para esconder uma ideologia de ação <strong>da</strong>s empresas, ou até<br />

mesmo do Estado”. Segundo Bellini, “o analfabeto é muito importante<br />

para as classes dominantes, pois eles não põem dúvi<strong>da</strong> em na<strong>da</strong>.<br />

Atualmente, o que a socie<strong>da</strong>de propõe é a educação para o consumo<br />

que, na ver<strong>da</strong>de, é uma educação para o mercado e o mercado mente.<br />

A socie<strong>da</strong>de acaba sendo vítima e as pessoas, analfabetas”. Esse é o<br />

grande risco de não termos revistas que tratam de C&T em quanti<strong>da</strong>de,<br />

e a maioria dos jovens entrevistados já expressou a falta destas.<br />

Os jovens responderam sobre as tecnologias utiliza<strong>da</strong>s em sala de<br />

aula e a disponibili<strong>da</strong>de de jornais e revistas atualizados fornecidos

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