FACULDADE DE MEDICINA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO ... - Unesp

poderia fazer errado, que alguém podia não gostar, então eu trabalhava um
pouco receosa [...]” (Malva 6)
“[...] os diretores de enfermagem mudam e cada um que entrava eu tinha que
contar o meu problema. Às vezes eles me propunham desvio de função,
trabalhar no ambulatório, ou ir pra ali ou aqui, mas eu não queria isso. Alguma
coisa me dizia que se eu saísse da enfermagem, não iria ser bom pra mim.”
(Louro 4)
“[...] Aí quando o doutor falou que eu podia voltar, fazendo as coisas dentro do
meu limite. Não é assim que o serviço pede da gente, não é isso, você tem que
trabalhar, você tem que dar conta do que tem que fazer, você tem que dar
conta daquilo que se propôs a fazer. Agora se você não dá conta, então a
gente não se sente feliz com aquilo. A gente sente. É uma coisa assim, é o que
eu sinto (emocionada), não posso fazer, não posso fazer e aí como é que fica
(muito emocionada). Se alguém precisa de ajuda pra descer da cama, eu tenho
que pedir ajuda para o acompanhante que eu não posso pegar uma pessoa
sozinha, não tenho condição, então você tem que ter o bom senso de não
fazer, porque depois o seu organismo que vai sentir [...]” (Erva-doce 9)
“Como eu te disse já, pra mim ficou pior ainda, foi pior ainda a readaptação. Eu
não sabia que causava todo esse transtorno perante os colegas, o trabalho,
inclusive até na família.” (Louro 1)
“[...] porque eu acho que ninguém vai mentir que está sofrendo, eu acho, eu
tenho uma concepção diferente de pessoas, eu acho que ninguém vai mentir
porque aquilo de melhor que a gente tem é a nossa saúde [...] ”(Erva-doce 12)