FACULDADE DE MEDICINA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO ... - Unesp

Conforme vimos anteriormente, os processos de readaptação deveriam
estar sendo conduzidos com a franca participação e anuência do trabalhador
em questão, pois ele é o principal envolvido e atingido pelos sentimentos, ora
negativos, ora benéficos desse processo.
Entretanto, o que percebemos claramente nos depoimentos é que toda a
equipe responsável por esse processo demonstra falta de conhecimento dos
trâmites legais necessários para orientar, de maneira completa e correta, os
direitos a que o trabalhador possui por estar doente, inclusive por tal agravo ter
sido desencadeado ou complicado por suas atividades laborais.
Há também falta de preparo para o cumprimento de todas as exigências
formais para a readaptação funcional transcorrer de maneira correta e com
agilidade, gerando idas e vindas desgastantes em seu aspecto físico,
econômica e moralmente ao trabalhador com uma limitação funcional.
Os setores de recursos humanos e departamento de pessoal fornecem
informações incompletas para o trabalhador e o encaminha ao Departamento
de Perícias Médicas do Servidor Público que, por sua vez, trata esse
trabalhador de maneira impessoal e desumana, mais uma vez prejudicando o
elemento da empresa que é o instrumento de maior valor nessa “engrenagem”.
Os representantes formais da mão-de-obra da saúde têm um
comportamento contraditório, pois ao mesmo tempo em que demonstram que
estão presentes e existem para o trabalhador, inclusive baseando-se em
legislações e normas formais do estatuto do servidor, negam a ele as
informações e encaminhamentos necessários para a melhor resolutividade de
sua situação funcional. Esse comportamento demonstra a falta de preparo e