FACULDADE DE MEDICINA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO ... - Unesp
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Assim, o trabalhador torna-se ausente por fatores dependentes da<br />
atividade laboral, perilaboral, do meio extralaboral, fatores individuais e fatores<br />
dependentes do sistema administrativo 37 .<br />
Por causas laborais, entendemos o sofrimento psíquico pela convivência<br />
com a dor, a morte, o ritmo das jornadas e turnos alternantes, a sobrecarga de<br />
trabalho, as condições inadequadas, o não-reconhecimento pelo trabalho<br />
realizado, além disso, a exigência de ser competente e ágil e as relações<br />
interpessoais. A causa perilaboral está associada ao desconforto e dificuldades<br />
relacionadas ao respeito no ambiente físico, onde o trabalho é desenvolvido<br />
como ruídos e vozes dos cuidadores, exigüidade de espaço/superlotação,<br />
déficit de pessoal/sobrecarga de trabalho, excesso de pessoas e dificuldade de<br />
acesso de materiais 37 .<br />
Paralelo a isso, temos as causas extralaborais, vinculadas aos baixos<br />
salários, gerando a necessidade de múltiplos empregos e a busca constante de<br />
melhores oportunidades financeiras e prestígio social. E ainda, na enfermagem,<br />
por ser uma profissão predominantemente feminina, há a influência dos<br />
aspectos sociais, os hormonais e as ginecopatias, interferindo na produtividade<br />
laboral 37, 38 .<br />
Salientamos também como fatores extralaborais, as condições sociais<br />
de moradia, alimentação, transporte, lazer, segurança pública, o próprio<br />
envelhecimento da população ativa, que determinam a diminuição da<br />
capacidade para o trabalho, merecendo destaque “o caráter social do processo<br />
saúde-doença e a necessidade de entendê-lo na sua articulação no processo<br />
de produção” 39 .